O aumento do número de casos de dengue, nos últimos meses, tem causado preocupação no Estado do Tocantins. Na noite desta segunda-feira (03), o jovem delegado de Polícia Civil do Tocantins Hismael Athos Tranqueira Noleto, 31 anos, morreu devido a complicações provocadas pela doença.
A vítima faleceu no Hospital Uniclínicas, em Palmas, onde estava internado após ter contraído uma dengue hemorrágica. Em razão da preocupação, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alertou sobre o alto índice de infestação predial por Aedes aegypti, conforme último Levantamento de Índices do Aedes aegypti (LIRAa/LIA), feito até 21 de dezembro de 2021.
No Estado do Tocantins, dos 108 municípios que encaminharam o 4º levantamento entomológico obrigatório, 52 estão em situação de alerta e 19 encontram-se em situação de risco. As cidades correspondem à porcentagem de 65,74% que estão em uma conjuntura vulnerável às epidemias de Chikungunya, Dengue e Zika, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A gerente estadual de Vigilância das Arboviroses da SES, Christiane Bueno Hundertmarck, explica que, diante da situação alarmante, foram encaminhadas orientações a todos os municípios do Tocantins para se dá início a um trabalho de prevenção contra as doenças.
“Nós solicitamos as secretarias municipais de saúde que intensifiquem as ações de controle vetorial, vigilância ao paciente e atualização dos dados. É necessário atenção e combate rápido contra o mosquito, vetor de tantas enfermidades”, alerta.
O mosquito transmissor da dengue é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta, desde o século 16, período das Grandes Navegações. Admite-se que o vetor foi introduzido no Novo Mundo, no período colonial, por meio de navios que traficavam escravos. (Portal Debate Carajás, com AF Notícias)
