Embarcação à deriva no Pará possivelmente do continente africano, diz PF

Nove corpos foram encontrados ao todo, um deles fora da embarcação; Marinha diz que barco não apresenta sinais de danos estruturais

A Polícia Federal encontrou documentos e objetos que revelam a nacionalidade de alguns dos corpos encontrados no barco à deriva, no Pará. As vítimas eram migrantes do continente africano, da região da Mauritânia e Mali, mas a PF não descartou a possibilidade de haver pessoas de outras nacionalidades. Além disso, a PF afirmou que foram encontrados nove corpos, sendo oito dentro da embarcação e um nono próximo a ela, em circunstâncias que sugeriam fazer parte do mesmo grupo de vítimas.

De acordo com a Marinha, o barco foi fabricado com fibra de vidro, e tem cerca de 13 metros de comprimento. Ele foi encontrado sem motores ou quaisquer sistemas de propulsão e direção. Além disso, não apresenta sinais de danos estruturais, indicando não ter passado por naufrágio.

A perícia de identificação dos corpos é realizada pela Polícia Federal em conjunto com a Polícia Científica do Pará desde a noite desta segunda-feira (15/4). O trabalho realizado pelas instituições tem por objetivo estabelecer a identidade dos corpos adotando protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). Além da identidade, os trabalhos da perícia tem o objetivo de verificar a origem dos passageiros, a causa e o tempo estimado dos óbitos.

As atividades de identificação são realizadas na sequência da ação de resgate, que teve participação da Polícia Federal, Marinha do Brasil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica, Defesa Civil, Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará, Defesa Civil do Pará, Guarda Civil Municipal, Departamento Municipal de Trânsito de Bragança e Prefeitura de Bragança.

Onde o barco foi encontrado?

O barco foi encontrado na região do Salgado, no nordeste do estado, de acordo com informações da Polícia Federal. Essa região abrange 11 municípios, como Salinópolis, São João de Pirabas e Terra Alta. Alguns corpos estariam em estado de decomposição.

Fonte: O Globo em 16 de abril de 2024

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