Pedidos de justiça marcam sepultamento da tatuadora Flávia Alves em Marabá

A mãe de Flávia, Paula Alves, chegou a declarar algumas palavras durante o enterro, expressando sua tristeza diante do falecimento da filha e clamando para que outros desaparecidos, como o cabeleireiro Fabrizio Lourença dos Santos, sejam localizados
Foto: Vinícius Soares/Portal Debate

MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ — Ocorreu às 17h desta sexta-feira (26), no Cemitério Parque de Marabá, localizado próximo a uma faculdade privada às margens da BR-230, sentido São João do Araguaia, o sepultamento da tatuadora Flávia Alves Bezerra, de 26 anos, estrangulada até a morte e enterrada em uma cova rasa pelos seus algozes na cidade de Jacundá, sudeste do Pará. O caso se arrastou ao longo de 11 dias, com a família, amigos, mídia e órgãos de segurança efetuando buscas pela até então desaparecida.

O sepultamento de Flávia Alves foi marcado por pedidos de justiça por parte da família e amigos. A mãe de Flávia, Paula Alves, chegou a declarar algumas palavras durante o enterro, expressando sua tristeza diante do falecimento da filha e clamando para que outros desaparecidos, como o cabeleireiro Fabrizio Lourença dos Santos, sejam localizados.

O advogado da família, Diego Souza, passou todo o dia acompanhando o velório e sepultamento de Flávia Alves. Ele afirma que as investigações da Polícia Civil seguem em andamento e que já está habilitado para defender os interesses dos familiares da tatuadora assassinada.

Entenda o caso

A Polícia Civil do Pará solucionou o caso do desaparecimento da tatuadora Flavia Alves Bezerra, que desapareceu em Marabá desde 14 de abril deste ano. A operação, chamada Anástasis, iniciada na quinta-feira, dia 25, resultou no cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, culminando na descoberta do corpo da vítima e na detenção de dois suspeitos, Willian Araújo Sousa e Deidyelle Oliveira Alves. Ambos já passaram por audiência de custódia na Vara Criminal de Marabá e seguem à disposição do Poder Judiciário.

Desde o desaparecimento de Flavia Bezerra, uma figura conhecida na comunidade, a polícia empregou técnicas avançadas de investigação com o apoio de unidades especializadas, como o Núcleo de Apoio à Investigação de Marabá e Tucuruí.

A investigação ganhou um impulso decisivo quando, após buscas intensas em Marabá, Tucuruí e Jacundá, as autoridades localizaram o veículo utilizado no crime e prenderam Willian, tatuador que conhecia a vítima e já tinham trabalhado juntos, e a companheira dele, Deidyelle, que é suspeita de ajudar na ocultação do cadáver.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta, após a transferência de Deidyelle, os delegados Walter Ruiz, Simone Felinto e Leandro Pontes destacaram a importância do trabalho investigativo da Polícia Civil para a elucidação do caso.

A motivação do crime segue desconhecida. Os investigadores também apuram a participação de uma terceira pessoa na ocultação de cadáver, que já foi identificada. (Portal Debate)

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