Marabá: Sintepp acusa Secretaria de Educação de impor retorno de professores; Governo se defende

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A Coordenadora Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Profª Joyce Rebelo, em um vídeo divulgado nas redes sociais, ontem (31), acusou a Secretaria Municipal (Semed) de impor o retorno dos docentes para as escolas sem ouvir as reivindicações dos professores em Marabá.

As aulas estão suspensas desde a segunda quinzena do mês de março de 2020, após o agravamento da pandemia provocada pela Covid-19 em Marabá. “A categoria não aceita nenhuma proposta de retorno dos trabalhadores para as escolas. Essa decisão foi tomada em assembleia geral realizada na tarde da última sexta-feira (28). A proposta da Semed não foi discutida com a categoria”, afirmou Joyce.

No vídeo, a Coordenadora do Sintepp acusa a Secretaria de Educação de não aceitar as reivindicações do Sindicato. “Entregaram a proposta para o Sintepp na sexta-feira (28), mas quando passamos a perguntar se a Semed iria realizar a testagem de alunos e professores, não obtivemos resposta.

O Sintepp afirma ainda que a Semed possui apenas a proposta relativa ao ensino, porém o protocolo sanitário que garanta o retorno seguro dos profissionais da educação está longe de ser implementado. Segundo Joyce Rebelo, aquisição de máscaras, álcool em gel e adequação de todas as escolas não fazem parte da proposta apresentada pela Prefeitura de Marabá.

“A proposta da Secretaria de Educação está incompleta e os trabalhadores não retornarão para as unidades de ensino sem a garantia de que não irão ao encontro da morte”, protestou. Por último, a Coordenadora afirmou que o Sindicato vai apresentar uma proposta segura e, se for recusada pela Semed, a queda de braço deverá parar no Ministério Público.

Secretaria de Educação

Ao tomar conhecimento da manifestação do Sintepp, a Redação do Portal Debate Carajás entrou em contato com o Prof. Fábio Rogério, Diretor de Ensino, a respeito das acusações contidas no vídeo institucional do Sindicato.

Ele afirmou que as férias dos docentes já terminaram, logo as aulas remotas planejadas nos meses de abril, maio e junho necessitam chegar aos alunos, porém ainda sem aulas presenciais. De acordo com Prof. Fábio, o protocolo para aplicação das aulas não presenciais, on line ou através de cadernos que estão sendo reproduzidos, foi exaustivamente debatido pelos técnicos da Semed, cordenadores e gestores escolares.

“Por último, a proposta foi enviada para todas as escolas com a finalidade de receber a contribuição dos professores”, argumentou Fábio Rogério. Ele disse ainda que alunos, professores, técnicos e pessoal de apoio, com qualquer comorbidade comprovada, terão seus direitos assegurados, desenvolvendo suas atividades em casa.

O Diretor de Ensino esclareceu ainda que a Secretaria de Educação está tomando todas as medidas necessárias para garantir a volta dos professores com segurança tais como testagem, máscaras, álcool em gel, colocação de pias e adequação de outros espaços nas unidades de ensino de Marabá.

“No início, a estrutura será pequena, porque apenas os servidores irão retornar para as escolas. Com o retorno das aulas presenciais, que ninguém sabe ainda a data certa, a Secretaria de Educação vai oferecer os insumos necessários para a segurança de todos na escola”, assegurou Fábio.

No entanto, o Sintepp alega que não existe nenhuma proposta para o retorno da Educação do Campo. Já a Secretaria de Educação garantiu que discutiu o protocolo com o Sindicato e Conselho Municipal de Educação de Marabá. Pelo visto, esse embate, como já vem acontecendo em várias cidades Brasil afora, deverá parar nos tribunais.

Só não se esqueçam de dialogar com a parte mais importante em um processo de construção do conhecimento: alunos e familiares. Ainda não vimos a participação desse importante segmento escolar na construção de um protocolo seguro de retorno das atividades escolares, pois a vida é o bem mais precioso que estudantes, servidores e familiares possuem de mais importante.

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Fonte: Portal Debate Carajás

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