Sindecomar celebra avanços e explica afastamento de presidente em boletim

Boletim do Sindicato dos Empregados no Comércio do Município de Marabá e Sul do Pará (Sindecomar) trata sobre assuntos importantes para a categoria. Leia, na íntegra, ao conteúdo do informativo
Sede do Sindecomar, na Rua 7 de Junho, Marabá Pioneira | Foto: Portal Debate Carajás

Boletim informativo que o Sindicato dos Empregados no Comércio do Município de Marabá e Sul do Pará (Sindecomar) está fazendo chegar a empregados e empregadores esta semana celebra os avanços e conquistas para a classe, mas também trata de maneira clara sobre um assunto muito sensível: o afastamento do presidente Márcio Alves da função, por suspeita de cometer crimes enquanto estava à frente da entidade. Leia, a seguir, ao material que está sendo divulgado pelos comerciários na cidade.

“Moralização do uso do recurso do trabalhador: O presidente afastado, Márcio Alves, não prestava contas nem discutia com os demais membros da Diretoria Executiva o emprego dos recursos do SINDECOMAR.

Fechamento do acordo trabalhista com o Magazine Luiza, em Belém, no dia 12/11/2021. A negociação garantiu a preservação dos direitos dos comerciários da empresa em Marabá.

No dia 16/12/2021 a atual Diretoria do SINDECOMAR obteve vitória na Justiça do Trabalho e conseguiu impedir a cobrança da taxa de estacionamento dos comerciários que trabalham no Partage Shopping em Marabá.

Nos meses de novembro/2021 e dezembro de 2021 a Diretoria Executiva esteve mais perto dos trabalhadores, através da realização de várias fiscalizações sobre horário de funcionamento das empresas e direitos trabalhistas dos comerciários.

No dia 10/10/2021 a Diretoria de Esporte, Cultura e Lazer realizou as festividades do Dia da Criança, com recursos do “próprio bolso”, pois o presidente afastado negou repassar qualquer quantidade de verba para realização do evento.

O Clube Social, localizado no Bairro São Félix I, voltou a funcionar para atender os filiados e familiares, de quarta-feira a domingo. O presidente afastado era contra o funcionamento do “Clube do SINDECOMAR”, pois, segundo ele, só trazia despesas para o Sindicato.

Entenda o afastamento de Márcio Alves

Ao tomar posse, depois de ser eleito no dia 11/02/2021, o presidente afastado, Márcio Alves, colocou pessoas que não são comerciários para trabalhar com ele no SINDECOMAR e deu início ao plano de deixar os demais membros da Diretoria Executiva Eleita em suas respectivas empresas (Andresca Lima – secretária geral; Lenilson Silva – tesoureiro; “Val Oliveira” – diretoria de esporte, cultura e lazer; Luciana Conceição – diretora suplente).

O presidente afastado começou a dar demonstrações de falta de condições pessoais, emocionais e administrativas para gerenciar o Sindicato dos Comerciários de Marabá. Ele passou a atacar os membros da Diretoria Executiva todas as vezes em que é questionado a respeito da aplicação dos recursos do SINDECOMAR.

No mês de abril/2021 o presidente afastado comprou um veículo Hyundai HB20, cor cinza, placa QQR 5D50, com recursos do SINDECOMAR, e colocou o veículo em seu próprio nome, tudo isso sem o consentimento da Diretoria Executiva e muito menos da Ao ser questionado, Márcio Alves afirmou que podia comprar o que quisesse sem precisar dar satisfação a ninguém, pois ele era o presidente do sindicato. Mesmo após o afastamento ocorrido em 18/10/2021, e mesmo tendo assumido que o veículo foi comprado com recursos do Sindicato, até o momento ele não devolveu o automóvel para o SINDECOMAR, tampouco informa o local ou condições em que o veículo se encontra.

No mês de outubro/2021 o presidente afastado recontratou, novamente sem a anuência da Diretoria Executiva, as mesmas pessoas demitidas. A Entidade Sindical ainda estava pagando as parcelas da rescisão contratual, fato vedado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Logo após os demais integrantes da Direto- ria Executiva deram a primeira entrevista denunciando os problemas da gestão de Márcio Alves em relação ao mau uso do dinheiro dos comerciários. Como resposta, Márcio Alves passou a agredir com palavras e tentar descredibilizar a Diretoria Executiva.

Não bastasse isso, ao ser questionado, Márcio Alves enviou ofício para as empresas com a devolução de todos os membros eleitos no dia 11/02/2021, ato que fere o Estatuto Social do SINDECOMAR. Esses atos foram uma clara tentativa de gerir, sozinho, o Sindicato e os recursos financeiros.

O presidente afastado chegou a trocar a fechadura da sala dos demais diretores e passou a chamar a polícia para impedir o acesso dos demais sindicalistas no prédio. A Diretoria Executiva convocou uma reunião interna e por unanimidade decidiu que os diretores eleitos permanecessem no SINDECOMAR como preceitua o Estatuto Social.

No dia 18/10/2021, depois da publicação do Edital de Convocação, os integrantes da Diretoria Executiva fizeram uma reunião extraordinária e afastaram Márcio Alves, por 5 x 0, de maneira cautelar, para investigar suposta malversação de recursos, falsificação de documentos, ameaças, abuso de poder e assédio moral. A partir deste momento, o presidente afastado passou a atacar, com palavras obscenas, os membros da Diretoria Executiva nas redes sociais, numa demonstração de postura incompatível com o cargo de Presidente do SINDECOMAR.

Durante o afastamento a defesa de Márcio Alves solicitou o retorno dele para o cargo, mas sofreu três derrotas na Justiça do Trabalho em Marabá e Belém. O Poder Judiciário entendeu que a Diretoria Executiva cumpriu todos os requisitos legais previstos no Estatuto para afastar o presidente, ainda mais diante da suspeita de prática de diversos crimes à frente da Entidade

Ao mesmo tempo, foi instalada uma comissão processante e contratada uma empresa para realização de um serviço de auditoria nas contas do SINDECOMAR, na gestão de Márcio Alves, com o objetivo de identificar a materialização dos supostos crimes cometidos.

Depois dos trabalhos concluídos, a auditoria nas contas identificou uma movimentação gigantesca da conta do SINDECOMAR para duas contas bancárias, em nome de Márcio Alves de Jesus, no valor de R$ 954, em um total de 66 transferências, tudo sem o consentimento da Diretoria Executiva. Durante os trabalhos da comissão processante o presidente afastado tentou atrapalhar as investigações, uti- lizando-se de vários artifícios para esconder a malversação do dinheiro dos comerciários de Marabá.

A auditoria contábil encontrou diversas transferências suspeitas da conta do SINDECOMAR para a conta pessoal de Márcio Alves, entre elas: R$21.230,00, às 9:20:34h, e outra transferência no valor de R$ 20.380, às 17:49:05, no dia 06/05/2021, totalizando R$ 41.610 no mesmo dia. Além disso, há outras em valores de R$ 19.000, R$ 17.000. R$ 14.180, R$10.000, R$ 6.320 e R$ 6.700 da conta do SINDECOMAR na Caixa Econômica Federal para a conta pessoal do presidente afastado.

No entanto, para espanto da Diretoria Executiva, a maior transação foi no valor de R$ 40.500 realizada no dia 12/05/2021, às 10:58:33.

Durante os 8 meses em que esteve à frente do Sindecomar, por meio da movimentação bancária, percebeu-se que Márcio Alves misturou o público com o privado, pois existem dezenas de transferências bancárias sob suspeita, pois a pessoa que recebeu o dinheiro não possuía nenhum víncu- lo nem prestava serviço para o Neste período, o presidente afastado tratou mal a quem procurava o Sindecomar e tentou intimidar os demais sindicalistas na tentativa de se tornar um déspota na gestão da entidade sindical.”

O presidente afastado, Márcio Alves, não foi localizado pela Reportagem para dar a sua versão dos fatos. Esta matéria contém o texto veiculado pelo sindicato aos trabalhadores e empresas na íntegra.

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