MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ — Matéria publicada nesta segunda-feira (19) pelo Portal Curupira Marabá, que é especialista na cobertura de denúncias acerca de órgãos públicos na região sudeste do Pará, trouxe à tona um escândalo envolvendo o nome do atual superintendente regional da maior unidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Brasil, Reginaldo Rocha Negreiros, o qual já ocupou a função de vice-prefeito do município de Piçarra e foi indicado ao cargo no órgão federal pelo grupo político do deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Marabá, Dirceu ten Caten (PT).
Segundo o Portal Curupira Marabá, Reginaldo Negreiros, que tem 57 anos de idade e é casado civilmente, está sendo acusado de assediar moral e sexualmente servidoras de carreira da unidade local do Incra. As vítimas, por questão de segurança, resolveram não se identificar, mas revelaram detalhes por trás das investidas do superintendente regional do Incra.
As servidoras supostamente assediadas por Reginaldo Negreiros denunciam que o chefe teria enviado mensagens de teor sexual ao telefone pessoal delas, além de pressionar psicologicamente no ambiente de trabalho aquelas que não respondiam às suas tentativas.
Elas teriam denunciado os abusos à ouvidoria interna do órgão, que por sua vez, ao invés de tomar medidas concretas para repreender o suposto crime, recomendou a realização de uma palestra da OAB na sede do órgão, por meio da campanha “Assédio não tem desculpa, denuncie!”. A referida “palestra orientativa” ocorreu e — pasmem! — o superintendente Reginaldo Negreiros não compareceu.
A palestra da OAB foi ministrada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – subseção de Marabá, Rodrigo Albuquerque Botelho, ao lado de sua vice-presidente, a advogada Jéssica Abreu. Procurado pela reportagem, o representante da advocacia marabaense confirmou que Reginaldo Negreiros não estava na lista de presentes do encontro.
Em sua defesa, o superintendente do Incra, Reginaldo Negreiros, confirmou que a palestra foi uma orientação do Incra Nacional e que o mesmo requereu, por meio de ofício, a participação da OAB. O chefe do órgão federal em Marabá afirmou ainda não ter conhecimento acerca das denúncias das servidoras. (Portal Debate)
