‘Executados’: Relembre a saga de cinco policiais mais temidos de Marabá

Aragão, Val André, Gonçalves, "Jacundá" e Pinheiro foram mortos a tiros - Crédito: Vinícius Soares

A narrativa não possui o intento de criticar o trabalho da gloriosa Polícia Militar do Estado do Pará, ao contrário, o enredo visa a exaltar o brilhante trabalho dos abnegados em defender a população a qualquer hora do dia ou da noite, “faça chuva ou faça sol”, em Marabá, na Região do Carajás, e não fizeram da arma um instrumento para matar pessoas inocentes ou ‘foras da lei’.

A reportagem vai mostrar um pouco do comportamento inadequado de 5 militares que foram assassinados sob suspeitas de envolvimento com coisas erradas. Eles ousaram, em algum momento da carreira, ser maior que a instituição polícia militar, “cresceram o olho”  ou “trocaram de lado”. Veja:

Sd Aragão

No dia 25/6/2014, o soldado Ronaldo Soares Aragão foi morto a caminho do 4º Batalhão de Polícia Militar. De acordo com notícias da época, ele era investigado pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), por suspeita de envolvimento na morte de Sebastião Freitas do Nascimento, o Cabo Freitas, devido a desavenças internas na corporação.

O soldado Aragão foi abordado, à noite,  por dois homens armados que trafegavam em uma motocicleta. As reportagens da época afirmam que ele foi atingido com quatro tiros na cabeça e morreu na hora, na Folha 33, no bairro Nova Marabá. Diversas suspeitas de homicídios pesavam contra ele em Marabá.

Sd Val André

Já o ex-policial militar Val André dos Santos Moreira foi ‘fuzilado’ na Vila Santa Fé, ao lado da Igreja Católica, zona rural de Marabá, dentro de um celta prata, por volta de 19h30, no dia 28/2/2015. O corpo e o veículo foram levados pelos matadores. Dias depois, o carro da vítima foi localizado, queimado, à altura do quilômetro 20 da BR- 230, sentido Itupiranga. Nos bastidores, rola que ele fazia dupla com o Sd Aragão na execução de crimes de pistolagem.

O ex-militar havia sido expulso da PM, após suposto envolvimento em diversos crimes em Marabá e na Região do Carajás. Val André peticionava na Justiça Militar o retorno dele às fileiras da Polícia Militar. Na época, o ex-militar era bastante destemido na Vila Santa Fé e todas as vezes que chegava naquela localidade, atirava para todos os lados, como se quisesse intimidar eventuais desafetos. O corpo dele nunca foi encontrado.

Sd Gonçalves

soldado Geovane Milhomem Gonçalves, no meio da rua, próximo à feira coberta do bairro de Laranjeiras. Os tiros mataram também, o irmão dele, o advogado Wellington Flávio Milhomem Gonçalves. Sd Gonçalves era suspeito de cometer dezenas de crimes em Marabá.

O carro usado pelos atiradores foi encontrado na estrada do Rio Preto, com parte das placas arrancadas, na zona rural de Marabá. Geovane teria chegado a falar para os amigos que ele era uma “bomba ambulante” prestes a explodir. O militar respondia a vários processos na Justiça do Pará.

Cabo Medina (“Jacundá”)

O policial militar, Jessé Medina da Cruz, conhecido como “jacundá”, foi executado, na manhã de 6/1/2019, por volta de 11 horas, com mais de 10 disparos de arma de fogo, na rua Itacaiúnas, esquina com a Rua Manoel Pedro de Oliveira, em frente à Feira Coberta do bairro das Laranjeiras, na cidade de Marabá, sudeste do Pará.

O nome “Jacundá” metia medo em qualquer um. Ele tinha sido reformado, porém era o terror das “rodas de conversa”. Contra ele, pesavam suspeitas da prática de diversos homicídios na região de Marabá. O perigoso pistoleiro, Valdenir Lima dos Santos, vulgo “Velhinho”, foi preso, em maio de 2020, na cidade de Itapetininga, Região Metropolitana de Sorocaba, interior de São Paulo, acusado de ser o matador de “Jacundá”.

Sgt Pinheiro

Tiros de escopeta, calibre 12, mataram Josafá Pinheiro da Silva, 3º Sgt da Polícia Militar, por volta de 14h30, do dia 19/12/2020, na BR-230, entre a cidade de Itupiranga e o Distrito de Cajazeiras, no sudeste do Pará. Ele esteve preso no Presídio Anastácio das Neves, em Santa IzabelRegião Metropolitana de Belém, acusado de matar o Conselheiro Tutelar Rondinele Salomão Maracaípe, em Itupiranga.

Sgt Pinheiro comandava, com “mão de ferro”, o destacamento do Distrito de Cajazeiras, às margens da BR-230, zona rural de Itupiranga. O militar era odiado por uns, mas amado por outros. Sobre os ombros dele, recaiam suspeitas de vários homicídios cometidos na região de Marabá, Araguaína, Cajazeiras e Itupiranga. O nome “Sgt Pinheiro” fazia o cabra “tremer nas bases”.

As informações sobre a morte dos cinco militares citados na reportagem foram retiradas de matérias publicadas na época e constam no site do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). Os fatos também fazem parte do imaginário popular de Marabá e estão presentes na memória de amigos, colegas de trabalho e familiares.

Fonte: Humberto Alicante

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