Prova do Enem é aplicada em presídios do Pará

Através da aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio Para Privados de Liberdade (Enem-PPL) e em vestibulares, 117 detentos do sistema prisional de todo o Paraná poderão cursar o ensino superior em 2020, em instituições públicas e privadas. Entre os cursos mais escolhidos pelos presos estão Adminitração, Educação Física, Engenharias, Logístíca e Serviço Social. - Curitiba, 19/02/2020 - Foto: Divulgação Depen-Paraná

A aplicação do Exame Nacional de Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL 2020) foi iniciada nesta terça-feira (23) em várias unidades penitenciárias do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

No total, 1.441 internos do estado se inscreveram para prestar o exame em busca do ensino superior. Só no Presídio Estadual Metropolitano II (PEM II), 114 pessoas privadas de liberdade fizeram a prova para garantir um futuro de vida melhor. O objetivo da Diretoria de Reinserção Social da Seap é que esse número cresça.

O Enem é uma etapa fundamental para qualquer brasileiro que queira alcançar o ensino superior no curso que sonha seguir profissionalmente. Para o público privado de liberdade, além de conseguir alcançar o curso desejado, é também uma nova visão de vida em um futuro longe da criminalidade por meio da educação e do trabalho.

A primeira etapa do exame é composta por matérias relacionadas a Fundamentos de Humanas, ocorrida nesta terça-feira.  Na quarta-feira (24) será finalizado o processo de 2020 com as questões de Exatas, como matemática.

Segundo a técnica de reinserção social do PEM II, Karin Monteiro, a realização do Enem nas unidades penais é o caminho para que esse público possa concluir e aumentar os níveis de educação, além de ter a oportunidade de conseguir uma vaga na universidade e ter uma profissão formal.

“Durante a aplicação da prova, os internos se comportaram muito bem e estavam muito ansiosos porque eles esperaram o ano inteiro por este momento”, celebra.

Para o interno Rafael de Castro, é uma realização poder prestar o Enem. “Nesse exame eu vou poder testar os meus conhecimentos e quem sabe conseguir uma vaga para cursar Inglês”, afirma.

Além dele, o interno Renato Gemaque também celebra a participação no exame, visto que dessa forma a sua contribuição na sociedade passará a ser positiva, longe da criminalidade. “Quero mudar de vida na base dos estudos. Meu sonho é cursar História”, finaliza.

De acordo com o diretor de Reinserção Social da Seap, Belchior Machado, é gratificante o sistema penal conseguir realizar a aplicação do Enem, mesmo com as dificuldades durante a pandemia da covid-19.

“Sabemos que esse exame se apresenta aos custodiados como uma perspectiva de futuro longe da criminalidade, com a possibilidade de cursarem o ensino superior, e depois exercerem suas profissões”. Ainda de acordo com o diretor, é na educação que os custodiados fortalecem muitos sonhos em busca de uma vida melhor. (Agência Pará)

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