Polícia prende pistoleiro da Chacina Ubá em Imperatriz no Maranhão

O capturado foi condenado a uma pena de 144 (cento e quarenta e quatro) anos de prisão

A Polícia Civil do Estado do Maranhão, por meio da 10ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) e com a atuação do Grupo de Pronto Emprego (GPE/Imperatriz), prestou apoio operacional às Delegacias de Homicídios de Marabá e de Polícia de São João do Araguaia, ambas situadas no sudeste do Pará. O suporte foi fornecido durante o cumprimento de mandado de prisão contra R.N. de S., acusado de homicídio ocorrido em 1985 no estado do Pará.

Na ocasião, oito trabalhadores rurais foram violentamente executados na Fazenda UBÁ, localizada no município de São João do Araguaia, próximo a Marabá, no sudeste paraense. Este episódio ficou marcado como a “Chacina da Fazenda UBÁ”.

Foto: PC

Conforme decisão judicial exarada pela Vara Única de São João do Araguaia, o capturado foi condenado a uma pena de 144 (cento e quarenta e quatro) anos de prisão. O preso foi localizado no Bairro Parque Alvorada I, em Imperatriz, no sudoeste do Maranhão.

RELEMBRE O CASO

Em 1985, os 8 trabalhadores rurais foram assassinados por um grupo de pistoleiros armados, na Fazenda Ubá, localizada no município de São João do Araguaia, próximo a Marabá, no sudeste paraense.Segundo os autos do processo, em junho daquele ano, famílias de trabalhadores rurais ocuparam parte da Fazenda Ubá, uma área de mais de 43 mil metros quadrados, na ocasião, de propriedade da família de José Edmundo Ortiz Vergolino.

Em 13 de junho de 1985, os pistoleiros assassinaram três homens, um adolescente e uma mulher grávida de seis meses. Cinco dias depois, o mesmo bando retornou ao local do crime e matou mais três homens, entre eles o líder comunitário José Pereira da Silva, conhecido com “Zé Pretinho”. Foram necessárias mais de 2 décadas para o julgamento do caso.

O processo só foi retomado depois que a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e o Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (CEJIL) submeteram o caso à apreciação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), ocasião em que foi firmado um acordo que obriga que o Estado brasileiro reconheça a responsabilidade internacional por ter violado direitos humanos e realize uma cerimônia pública pedido formalmente desculpas aos familiares das vítimas da chacina da Fazenda Ubá. (Portal Debate, com informações da PC)

Entenda melhor sobre o caso:

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