Polícia faz “visita surpresa” à residência do Secretário de Educação de Parauapebas

Os agentes do Gaeco chegaram à residência do “Prof. Leal” e realizaram uma “visita surpresa”, na manhã desta terça-feira (28/11), onde recolheram documentos e o aparelho celular do investigado.
Darci Lermen e Prof. Leal - Fotos: Reprodução

PARAUAPEBAS (PA) – Nas primeiras horas da manhã, desta terça-feira (28/11), o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), ligado ao Ministério Público do Pará (MPPA), fez uma “visita surpresa” na residência do Secretário de Educação da cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará.

De acordo com as primeiras informações, os agentes do GAECO vasculharam a cada de José Leal Nunes, conhecido como “Prof. Leal”, onde recolheram diversos documentos e apreenderam o aparelho celular do suposto investigado. Os agentes também estiveram na na Secretaria Municipal de Educação (Semed) e recolheram diversos malotes de documentos do Divisão de Alimentação Escolar (DAE).

O “Prof. Leal” foi nomeado, no dia 31 de dezembro de 2020, pelo Darci José Lermen (MDB), mas vinha fazendo uma péssima gestão nos últimos meses. Segundo alguns servidores da Semed, o secretário era um “fantoche” nas mãos de vereadores da Capital do Minério, pois era praticado todos os tipos de irregularidades com os recursos destinados para a merenda e outras áreas, porém não tinha coragem de falar nada embora soubesse que “sua cabeça estava a prêmio”.

A investigação envolve também a suspeita de possíveis desvios de verbas, fraudes em licitações e malversação de recursos destinados à educação de Parauapebas. Nos últimos meses, o transporte escolar parou de funcionar, porque os proprietários de veículos estariam há mais de ano “sem ver a cor do dinheiro”. O secretário “Prof. Leal” também não andava dando conta de pagar aos fornecedores da Secretaria de Educação.

Não foi falta de aviso

Na época da nomeação do “Prof. Leal”, em 2020, o Portal Debate alertou o investigado que ele enfrentaria problemas futuros com o Ministério Público porque a sua função na Semed seria apenas a de assinar os pagamentos que não eram decididos por ele. De acordo com os servidores, quem menos mandava na Semed era o “Prof. Leal”, pois se submetia aos “mandos e desmandos” de alguns parlamentares de Parauapebas.

Cerco aos vereadores

Fontes ligadas à reportagem indicaram que o “alvo” do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado não é apenas José Leal Nunes. O Gaeco estaria “comendo pelas beiradas” para chegar aos vereadores que mantém o monopólio político da Secretaria de Educação. “Nos próximos dias, deveremos ter ‘novas visitas’ porque o babado é pesado”, afirmou um servidor que pediu reserva do nome. O celular do “Prof. Leal” seria a isca para fisgar os “peixes graúdos”.

A operação do Ministério Público do Pará (MPPA), em Parauapebas é mais capítulo do enfraquecido e enlameado governo de Darci José Lermen. A Prefeitura Municipal de Parauapebas não se pronunciou sobre a operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado no Palácio dos Ventos. (Portal Debate)

Foto: Reprodução

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