Paraense desaparece em área de garimpo na Terra Indígena Yanomami

Parentes vivem em São Félix do Xingu, no sul Pará, e dizem que último contato com Salatiel Silva, foi há 15 dias.
Salatiel Silva - Foto: Redes Sociais

SÃO FÉLIX DO XINGU – Uma família de São Félix do Xingu, no sul do Pará, está em busca do paraense Salatiel Alves da Silva. De acordo a família, o parente atuava como garimpeiro dentro da Terra Indígena Yanomami e estaria morto dentro da Reserva Indígena, em Roraima.

Aos 74 anos de idade, Francisca Alves da Silva, mãe do garimpeiro, pede que autoridades confirmem se o filho está mesmo morto dentro da Terra Yanomami. “Tive a notícia que mataram o meu filho no garimpo e nós não temos como buscar ele, nos disseram que é um lugar difícil e nem sabemos como eles entram lá. Estou muito angustiada atrás de uma solução”, disse a idosa

De acordo com familiares de Salatiel Silva, a última notícia que tiveram dele, foi no último dia 5 de maio de 2023, quando conseguiram contato por telefone. Dois dias antes, no dia 3, oito corpos de mortos dentro da TI chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) em Boa Vista, mas segundo o governo de Roraima, nenhum dos corpos foi identificado como sendo o de Salatiel Silva.

Já no dia 6, garimpeiros da região informaram por mensagens aos parentes que o corpo do garimpeiro teria sido sido avistado em uma gruta, próximo à área de um garimpo ilegal.

“Desde essa derradeira vez que falamos com ele não temos notícia certa, seja ela qual for. Só quero dar fim a essa agonia de ficar sem saber o que aconteceu, já faze 15 dias“. A irmã de Salatiel Silva, Madalena Alves, afirmou que a família recebeu, no dia 6, um vídeo mostrando um corpo que seria do garimpeiro. Eles afirmam tê-lo reconhecido.

“O corpo já estava em avançado estado de decomposição e a gente queria só uma providência para podermos enterrá-lo com dignidade”. Um boletim de ocorrência foi registrado pelos familiares no dia 11 de maio, junto à Polícia Civil de Roraima apontando o desaparecimento da vítima.

A corporação, no entanto, informou que o Instituto Médico Legal (IML) não havia recebido até a sexta-feira (19), corpo identificado pelo nome de Salatiel Alves da Silva para emissão de laudo cadavérico.

Já o governo de Roraima disse que “não tem participação na operação de remoção de corpos em território indígena, atribuição essa coordenada e executada por órgãos federais” e orientou que a “a família da vítima deve procurar órgãos federais responsáveis pela operação de remoção de corpos em território indígena”.

A Polícia Federal em Roraima, responsável pela retirada de corpos encontrados dentro da TI, informou, por meio de assessoria, que “não divulga nomes ou outras informações pessoais de eventuais envolvidos nas atividades da corporação”. (Portal Debate, com G1 Pará)

Equipe do Corpos de Bombeiros auxiliou na remoção dos cadáveres — Foto: Arquivo Pessoal
Equipe do Corpos de Bombeiros auxiliou na remoção dos cadáveres — Foto: Reprodução

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