Pará é o caminho do ouro extraído de terras indígenas

Segundo a informação, a fraude vinha sendo facilitada pela precariedade da fiscalização por parte do poder público.

O Pará, por meio de Itaituba, tornou-se o caminho do ouro extraído de terra indígenas. Além de se tornar o centro de esquemas de fraude que permitem a comercialização de ouro ilegal. Ou seja, a chamada “lavagem de ouro”.

Conforme publicação feita pelo portal Climainfo, a cidade é chamada de a “capital do ouro”, o metal originário de áreas proibidas para exploração mineral. Por exemplo, como Unidades de Conservação, e terras Indígenas; é vendido como se fosse de lavras autorizadas pelo governo federal.

Segundo a informação, a fraude vinha sendo facilitada pela precariedade da fiscalização por parte do poder público.

Assim, as distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), principais compradoras do ouro garimpado, podiam comprar o metal sem ter a comprovação da legalidade de sua origem, fiando-se apenas na presunção da “boa-fé” do vendedor.

Além disso, como as notas fiscais eram físicas, isso facilitava a falsificação das informações, em especial sobre as permissões de lavra garimpeira (PLG).

Algumas propriedades autorizadas para exploração de ouro são, na prática, improdutivas e acabam servindo para mascarar o metal retirado de áreas de floresta desmatada. Muitas dessas áreas com PLG inativas ficam em Itaituba.

“Itaituba concentrava em 2021 quase 50% das PLG do país. Há na cidade farta disponibilidade de processos minerários para lavar o ouro – e para lavar o ouro você precisa de PLG”, explicou o pesquisador Rodrigo Oliveira

Ele é coautor do estudo Terra Rasgada, que analisou o avanço do garimpo ilegal no Brasil. “[O município] é a cidade que mais tem postos de compra de ouro autorizados pelo Banco Central ”.

Dessa maneira, operações recentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal reforçaram essas suspeitas.

Em diversas ações empreendidas em áreas de exploração ilegal de ouro, como na terra indígena ianomâmi, em Roraima, os agentes identificaram um grande fluxo de dinheiro vindo de Itaituba.

De acordo com os órgãos, referente provavelmente a pagamentos feitos pelas DTVM do município para garimpeiros da região. (Com bncamazonas)

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