Organização nega ligação da Parada LGBTQIA+ com o bolsonarismo em Marabá

Noé Lima e Igo Silva negaram as acusações e disseram que estão trabalhando para realizar a “Festa Boka Xica” e “Parada do Orgulho LGBTQIA+”, nos dias 16 e 17, na Terra de Francisco Coelho.
Foto: Reprodução

MARABÁ (PA) – O Portal Debate recebeu uma denúncia, na noite desta quinta-feira (14),  dando conta de que a Organização da “Festa Boka Xica” e “Parada do Orgulho LGBTQIA+” está sendo coordenada, unicamente, pelos ativistas Noé Lima e Igo Silva e que os mesmos apoiaram o movimento bolsonarista de extrema direita, em Marabá, no sudeste do Pará, nas eleições de 2022.

O denunciante afirmou ainda que alguns ativistas da causa LGBTQIA+ promoveram uma verdadeira “debandada” do Grupo Atitude por causa da maneira ditatorial e nada republicana de Noé Lima e Igo Silva conduzirem os dois maiores eventos da diversidade em Marabá. Para ilustrar a veracidade de sua fala, o denunciante enviou uma fotografia de Igo Silva ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um aeroporto Brasil afora.

“Eu, particularmente, preferi me afastar por não concordar com algumas coisas. Ali, tem um monopólio de decisões onde nenhuma opinião é ouvida ou considerada”. “Não tem como falar em construção coletiva quando as decisões são tomadas no apagar das luzes. As tarefas eram dividas, mas as definições eram arbitrárias”, afirmou um ex-militante que pediu reserva do nome.

Noé Lima

A reportagem entrou em contato com Noé Lima, na manhã desta sexta-feira (15), a respeito das denúncias. O ativista afirmou que não votou em Bolsonaro, embora tenha anunciado a intenção na época da eleição, em 2022. Sobre os insatisfeitos com a organização da Organização da “Festa Boka Xica” e “Parada do Orgulho LGBTQIA+”, Noé disse que o grupo pertence a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) que só reclama, produz textos bonitos, mas não mete a “mão na massa”.

Jair Bolsonaro e Igo Silva – Foto: Reprodução

Igo Silva

Já o ativista Igo Silva, disse para a reportagem que a tentativa de partidarizar e dividir o movimento com questões políticas individuais de cada um, a coordenação sempre deixou claro que o evento é amplo e plural, sendo essencialmente composto pela diversidade de pensamentos e correntes de opinião. Buscamos constantemente a convergência e não a divisão dentro do Movimento do LGNTQIA+.

Em relação à afirmação infundada de que não há espaço para outros ativistas na construção do evento, lamentamos o sectarismo e a má fé de certas pessoas que, por motivos pessoais, tentam prejudicar a luta do Movimento LGNTQIA+ com calúnias e desinformações. Isso apenas fortalece o preconceito, em detrimento da luta pelos direitos humanos.

Igo Silva afirmou que é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), desde os 16 anos, nunca tendo se desfiliado, nem apoiado a campanha de Jair Bolsonaro, em 2018, nem em 2022. Inclusive liderou as manifestações contra o título de cidadão marabaense ao ex-presidente no auge da pandemia, quando estes mesmos “militantes de última hora”, não estavam fazendo nada, além de reclamar nas redes sociais.

A “Festa Boka Xica” acontece no próximo sábado (16) e a “Parada do Orgulho LGBT+”, no domingo (17), em Marabá. Diferente de outros anos, em 2023, a concentração da Parada será no Núcleo Nova Marabá, com saída da Praça da Prefeitura de Marabá (PMM) com destino ao  Ginásio da Folha 16, onde algumas oradores farão uso da palavra em alusão ao Movimento da Diversidade. Segundo Noé Lima e Igo Silva, as denúncias não possuem fundamento e possuem objetivo de macular a organização da maior “Parada do Orgulho LGBTQIA+” da Região do Carajás. (Portal Debate)

Estudante de Marabá inicia estágio no Tribunal de Justiça de Brasília - Portal Debate
Noé Lima – Foto: Reprodução

Relacionados

Postagens Relacionadas

Nenhum encontrado

Cadastre-se e receba notificações de novas postagens!