Oficiais da Polícia Militar são presos suspeitos de formação de organização criminosa e falsidade ideológica

As operações foram deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). — Foto: Leandro Nascimento/ Arquivo pessoal

Quatro oficiais da Polícia Militar foram alvos da Operação Coverage e da terceira fase da Operação Mercenários nessa quarta-feira (21) em Cuiabá. As operações foram deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), respectivamente.

Na Operação Mercenários, da DHPP, foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva contra o tenente da PM Cleber de Souza Ferreira e 2 mandados de prisão preventiva contra Claudiomar Garcia de Carvalho, por crimes de homicídios qualificados em atividade típica de grupo de extermínio. Já a operação desencadeada pelo Gaeco cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar e pessoal contra o 2º tenente PM Cleber de Souza Ferreira, tenente PM Thiago Satiro Albino, tenente-coronel PM Marcos Eduardo Ticianel Paccola e tenente-coronel PM Sada Ribeiro Parreira, por crimes de organização criminosa armada, obstrução de justiça, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.

De acordo com a investigação realizada pela Promotoria Militar com o apoio do Gaeco, a partir de provas compartilhas pela Polícia Civil, devidamente autorizada pelo Poder Judiciário, exame balístico comprovou que uma pistola tipo Glock, 9 mm, pertencente ao tenente Cleber de Souza Ferreira foi utilizada em 7 crimes de homicídio (4 tentados e 3 consumados) praticados pelo grupo de extermínio denominado Mercenários.

Conforme as investigações, com a finalidade de obstruir as investigações relacionadas aos referidos homicídios, os policiais militares articularam a alteração do registro da arma de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema da Polícia Militar, tudo para ocultar que na data dos 7 crimes de homicídios a pistola já estava em poder do tenente Cleber de Souza Ferreira.

G1

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