“Nunca falamos em interditar a ponte do rio Tocantins”, diz Associação de Moradores do Residencial Magalhães

Preocupados com o possível cumprimento da “liminar de integração de posse”, expedida semana passada, pelo juiz Heitor Moura Gomestitular da 2ª Vara Federal de Marabá, em favor da HF Engenharia e Empreendimentos LTDA Caixa Econômica Federal, ordenando a desocupação de todas as casas do Residencial Magalhães, localizado no núcleo São Félix, vários moradores procuraram a Redação do Portal Debate Carajás, hoje (28), desmentindo o boato de que haveria a interdição do tráfego na BR-155, na Ponte do Rio Tocantins.

Comunidade nega intenção de interditar a Ponte do Rio Tocantins

“Nunca afirmamos que os moradores iriam interditar a Ponte do Rio Tocantins”, afirmou a presidente da Associação de Moradores do Residencial Magalhães I e II (AMOREM), Rúbia Bandeira Miranda. De acordo com a direção da AMOREM, os moradores irão brigar na justiça para terem direito a uma moradia digna. Das 1.483 casas prontas para se morar e dos 1.500 imóveis não concluídos, em torno de 2.000 mil famílias estão morando no Residencial Magalhães.

Advogado Thiago Barros vai recorrer da sentença judicial

O advogado Thiago Barros destacou que, a liminar menciona 600 pessoas, porém existem cerca de 2 mil famílias e em torno de 6 mil moradores habitando o Residencial Magalhães. Tiago Barros afirma ainda que a comunidade vai recorrer da ação judicial, no prazo legal de 15 dias, mas ainda aguarda a notificação da Justiça Federal. “Se for preciso, iremos até Brasília para reverter a decisão do magistrado Heitor Gomes”, acrescentou o advogado.

Cerca de 6 mil pessoas estariam morando no Residencial Magalhães

Rúbia Miranda destaca que os moradores estão organizados para buscar, na justiça, o direito de morar no Residencial Magalhães, pois a maioria já estava inscrita no Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. A presidente afirma que a fala da HF Engenharia sobre a existência de 200 funcionários trabalhando nas obras, no momento da ocupação, não é verdadeira. “Existiam apenas dois vigias”, diz ela.

Os imóveis estavam tomados pelo mato

“Estávamos utilizando foice, facão e enxada para limpar as casas. Eram ferramentas, não armas”, relatou Rúbia Bandeira. Como instrumento de união e resistência, a Associação de Moradores está organizando um evento cultural, sábado (31), na própria comunidade.

Pedro Souza

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