Nove pessoas morrem pisoteadas após tiroteio em baile funk

Ao menos nove pessoas morreram pisoteadas na madrugada de ontem (1º) em um baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo

Segundo a Polícia Militar, o tumulto começou por volta das 5h, quando uma moto passou atirando nos policiais.

A perseguição se deu por 400 metros e depois os suspeitos entraram no meio do baile ainda disparando. De acordo com o tenente-coronel Emerson Massera, eles usaram os frequentadores do evento como escudo humano.

Jovens feridos e familiares de vítimas afirmam, porém, que a ação da PM foi uma emboscada e não perseguição a suspeitos.

Uma adolescente de 17 anos disse que recebeu golpes de cassetete por todo o corpo, inclusive na testa.

Imagens mostram cenas de pessoas sendo agredidas por policiais em vielas do local.

A PM abriu inquérito para apurar circunstâncias do tumulto. Massera diz que a perseguição está comprovada, uma vez que policiais avisaram rapidamente sobre a abordagem, mas afirmou que ainda não é possível saber se eles agiram de forma correta.

Nas redes sociais, o governador João Doria (PSDB) afirmou lamentar profundamente as mortes e que determinou ao secretário da Segurança Pública, general Campos, apuração “para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio”.

Três anos atrás, Doria definiu os pancadões como “um cancro que destrói a sociedade”, sob a guarda do PCC.

Recentemente, uma adolescente de 16 anos ficou cega do olho esquerdo após ser atingida por uma bala de borracha durante a dispersão de um baile funk, em Guaianases (zona leste da capital paulista).

Segundo a família da jovem, uma viatura da PM passou ao lado da adolescente e atirou contra a jovem com uma arma de bala de borracha, atingindo-a na região do olho esquerdo. Socorrida, ela foi submetida a uma cirurgia de reconstrução do globo ocular.

DOL

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