BRASÍLIA (DF) – Durante entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo, o atual secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes, confirmou a retomada do Programa Mais Médicos, lançado em 2013 pelo governo de Dilma Roussef.
O objetivo do programa seguirá o mesmo: contemplar todos os munícipios brasileiros com médicos, diminuindo a carência em municípios do interior e regiões periféricas. Esta edição do Mais Médicos não prevê a cooperação com Cuba, alvo de críticas no passado, fazendo com que mais de 8 mil médicos cubanos deixassem o país e, também, um dos motivos para a substituição pelo Programa Médicos pelo Brasil, criado no governo de Jair Bolsonaro.
Segundo o secretário, não há previsão de repetir a mesma forma de cooperação entre os países e as vagas serão oferecidas, prioritariamente, a médicos brasileiros com registro nos Conselhos Regionais. Em seguida, os postos não preenchidos serão oferecidos para médicos brasileiros formados no exterior e por fim, a médicos estrangeiros.
O programa volta para superar o vazio em mais de 300 munícipios que não contam com a assistência de médicos e mais de 800 que não conseguem manter os profissionais por mais de uma semana. “Até hoje, grande parte das vagas dos médicos cubanos que deixaram o Brasil por uma crise diplomática não foram preenchidas. Existe um vazio assistencial e será superado”, afirma Nésio Fernandes.
Agora, as inscrições para o programa poderão ser realizadas somente pelos canais oficiais do Ministério da Saúde, após publicação de edital.
São João do Araguaia
De acordo com o secretário de Saúde da cidade de São João do Araguaia, no sudeste do Pará, a Atenção Primária a Saúde (APS) é a principal porta de entrada do cidadão no Sistema único de saúde (SUS). Sezostry Costa esteve, em Brasília (DF), na semana passada, com o secretário Nésio Fernandes, para entregar um documento com algumas sugestões para melhoria do Programa Mais Médicos no Pará.
“Sezostry da Saúde” sugeriu à Superintendência de Atenção Primária à Saúde (SAPS) que possa, no ano de 2023, realizar simpósios, seminários ou encontros, por regiões de saúde, em cada estado da região Norte, com a finalidade de ouvir e realizar estudo pormenorizado da realidade vivida em cada região de saúde, para que de forma conjunta, todos os níveis de gestão, possam construir um planejamento integrado de enfrentamento e superação das adversidades da região Norte. (Portal Debate, com Estratégia Med)
