ALTER DO CHÃO, OESTE DO PARÁ – A Polícia Federal (PF) e o Instituto Chico Mendes (ICMBio) investigam a razão da mudança de cor do Rio Tapajós, localizado na Floresta Nacional do Tapajós, na Vila Alter do Chão, localizada na zona rural de Santarém, no oeste do Pará.
De acordo com informações divulgadas pela TV Globo, neste sábado (22), a água do Rio Tapajós ganhou cor de barro e os moradores ribeirinhos já não conseguem mais utilizar o líquido no consumo diário. “Não está normal, está com gosto de barro”, disse Luiz Paz, liderança comunitária na região.
Existe a suspeita de que a mudança no tom do Tapajós, seja decorrente da atividade de garimpos ilegais, que ficam próximos à região. Anualmente, cerca de 7 milhões de toneladas de rejeitos são despejados no leito do rio, segundo informações da Polícia Federal do Pará.
A mudança na coloração da água mobilizou diversos órgãos ambientais. O Instituto Chico Mendes está coletando água e sedimentos do fundo do rio. Os pesquisadores querem saber se o que está chegando à região de Alter do Chão são metais pesados, como o mercúrio.
“A gente não consegue identificar se realmente é um fenômeno natural ou impulsionado pela mineração, atividade de mineração ilegal. Isso precisa ser investigado. Através da análise posterior desse material a gente começa a identificar, comparando com dados de anos anteriores, se realmente está havendo mudanças estruturais na qualidade física, química e biológica da água”, afirmou o pesquisador Maurício Santamaria.
A Vila Alter do Chão é um dos distritos administrativos de Santarém, no Estado do Pará. O balneário fica localizado na margem direita do Rio Tapajós, distante cerca de 37 quilômetros do centro da cidade, via Rodovia Everaldo Martins. (Portal Debate Carajás)
