Indígena Xikrin é preso por agredir esposa em Marabá

Tomados por um senso ignorante de superioridade, homens que agrediram as próprias companheiras foram punidos neste fim de semana | Foto: Ilustração

Nesta segunda-feira, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data criada para homenagear pessoas tão importantes e que merecem respeito. Na contramão deste propósito, porém, estão os indivíduos que, tomados por um senso ignorante de superioridade, agridem as próprias companheiras. A desenfreada violência doméstica e familiar, aliás, é parte do noticiário em Marabá diariamente, afetando principalmente as mulheres.

Na madrugada deste domingo (7), o indígena Poropoti Xikrin agrediu a própria esposa e não escapou de punição à altura do grave crime cometido. Ele foi denunciado pela companheira e ainda ficou em casa aguardando a polícia. O caso foi registrado na Folha 13, Quadra 19, Lote 8, no Núcleo Nova Marabá.

Ao chegar ao local do chamado, a guarnição da Polícia Militar encontrou a mulher com os lábios machucados. Ela atribuiu a agressão ao companheiro, indígena da etnia Xikrin. O homem, aliás, enquanto a companheira conversava com as autoridades, teria pedido para ser preso.

O pedido, claro, foi acatado. Não porque Poropoti pediu. Violência doméstica e familiar contra a mulher – bem como lesão corporal dolosa, com o objetivo claro de machucar – é crime previsto no nosso ordenamento jurídico. O indígena foi conduzido à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) algemado, de modo a garantir a proteção da integridade física dos agentes e dele mesmo.

Outra ocorrência com o mesmo título foi registrada na Rua Alfredo Monção, Quadra 604, Lote 1, Bairro Bom Planalto, no Núcleo Cidade Nova. Por lá, Maykon Adriano Vieira Braga foi preso depois de agredir a companheira com socos. Ele estava alcoolizado, mas consciente o suficiente para discernir certo e errado.

Maykon foi detido pelos policiais militares depois de denúncia da mulher via Núcleo Integrado de Operações (Niop 180) e conduzido, também algemado, à Deam do Bairro Amapá.

Já na Folha 7, Quadra 25, Lote 35-B, na Nova Marabá, foi a vez de Francarlos da Cruz Barbosa ser conduzido à delegacia de Polícia Civil para a adoção dos procedimentos cabíveis. Neste caso, a mulher, que não apresentava lesões aparentes da agressão que alegou ter sofrido, também precisou comparecer à Deam.

Narra o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil que Francarlos deu tapas e tentou enforcar a vítima, que, apesar disso, não apresentava lesões aparentes. O suposto agressor ainda estava no interior da residência do casal quando da chegada da viatura. Visivelmente embriagado e um pouco exaltado, ele não resistiu à prisão. (Vinícius Soares/Debate Carajás)

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