Helder: Os motivos para transformar irmão em ministro das Cidades de Lula

Correligionários acusam governador de trabalhar para proteger o irmão Jader Filho (MDB), dando a ele “foro privilegiado”, para que o ministro escape das “garras” de um juiz de primeira instância e do Ministério Público Federal (MPF), devido a vários processos em andamento na Justiça.
Os irmãos, Helder Barbalho e Jader Filho - Fotos: Reprodução

BELÉM (PA) – No mês de dezembro de 2022, o Brasil “batia cabeça” para saber o que fazer com o “silêncio” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua horda de fanáticos radicais que ameaçavam um golpe de estado e a tomada do poder em uma democracia “cambaleante”, devido aos constantes ataques e arroubos contra as instituições democráticas comandados pelo ex-capitão do Exército Brasileiro (EB).

No entanto, nos bastidores da política, em Brasília (DF) e Belém (PA), o governador Helder Barbalho (MDB) articulava, em silêncio, um plano para dá continuidade ao seu projeto pessoal de poder para chegar a presidência da República, em 2026, e “salvar a pele” do desconhecido irmão Jader Barbalho Filho (MDB) das “garras” do Poder Judiciário, transformando-o em titular da pasta do Ministério das Cidades do governo Lula, pois o “pequeno” encontra-se todo enrolado nas “maracutaias” do governo Helder na época da pandemia da covid-19.

De acordo com pessoas próximas a família Barbalho, Jader Filho, sem “foro privilegiado”, estaria vulnerável a um pedido de prisão expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pedido do Ministério Público Federal (MPF), devido a sua suposta participação em um esquema de desvio de recursos públicos, na casa de R$ 1,2 bilhão, em conluio com diversas Organizações Sociais (OS), contratadas para administrar os chamados “Hospitais Regionais” e os “Hospitais de Campanha” (HC) criados para atender os pacientes acometidos da famigerada covid-19.

Na época, a “Operação S.O.S” passou a investigar 12 contratos firmados entre o governo do Pará e as organizações sociais para administração de hospitais públicos, pois existe a suspeita de fraude na compra de R$ 50 milhões em respiradores que não funcionavam. Durante as investigações, no dia 29 de dezembro de 2020, Helder Barbalho sofreu busca e apreensão em sua residência e no gabinete do governador. Já o secretário Alberto Beltrame chegou a ser preso e sofreu busca e apreensão em sua casa, no dia 18 de dezembro de 2020, durante a deflagração da “Operação Transparência”. Neste inquérito, Jader Filho também estaria sendo investigado por ser o “testa de ferro” do irmão governador.

Segundo o que apurou a Reportagem do Portal Debate, o ministro das Cidades estaria envolvido “até o pescoço” em investigações comandadas pela Polícia Federal (PF), no âmbito da “Operação Bellum”, por “condutas delituosas”, na compra de 400 respiradores para tratamento de pacientes da covid-19 em estado grave no Pará. Na época, os gastos somaram aproximadamente R$ 50 milhões. Os equipamentos foram adquiridos sem licitação, porque eram compras emergenciais, porém não funcionaram no auge da pandemia do coronavírus e diversos pacientes foram a óbito no Pará.

“Operação Jader Filho”

De acordo com desafetos de Helder Barbalho, para Jader Filho adquirir o tão sonhado “foro privilegiado” (o que tira os processos da primeira instância e leva-os para o Supremo Tribunal Federal), o governador do Pará, como diz o ditado popular: “vendeu a mãe para o diabo”, pois ele cedeu a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para Rossieli Soares (que ninguém sabe de onde veio) e a Secretaria de Saúde (Sespa) foi mantida com o Delegado da Polícia Federal (PF), Rômulo Rodovalho, a pedido de poderosos de Brasília (DF), para livrar o “couro” do governador na época da pandemia.

Fontes ligadas ao Portal Debate relataram que a bancada de deputados federais do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) do Pará está se sentindo “estuprada”, porque o nome para ocupar a pasta do Ministério das Cidades seria do deputado Priante, primo de Helder, indicado pela maioria, porém o governador e seu pai, senador Jader Barbalho (MDB), sorrateiramente, articularam-se com o presidente Lula, “passaram a perna” na bancada e empurraram Jader Filho “goela abaixo” em busca do tão sonhado “foro privilegiado”.

A Reportagem conseguiu informações a respeito de um processo que corre, em segredo de Justiça, onde o ministro Jader Filho estaria sendo investigado por supostamente está envolvido em “mutretas” com o dinheiro público na Secretaria Executiva de Transportes do Pará (Setran), portanto, com todas essas “estripulias” do garoto, o tal foro privilegiado passou a ser um sonho de consumo e um nicho de sobrevivência para a família Barbalho no Pará. “Como diz o meu amigo Fecurato, o resto é que se dane, pois quando a farinha é pouca, meu pirão vem primeiro”.

Segundo pessoas próximas a Helder, “se não entrar água”, o governador vai concorrer a uma vaga no senado, nas próximas eleições , para se manter protegido da Justiça. Por sua vez, Jader Filho continuaria sua saga pessoal em busca do “foro privilegiado”, tudo supostamente acordado com a vice-governadora Hana Ghassan Tuma (MDB). Resta saber se ela, ao ocupar a cadeira do Palácio Lauro Sodré e passar a gostar das benesses do poder, vai cumprir o acordo com a família Barbalho. Na maioria dos casos, o ex-assecla “cria asas” e manda o antigo parceiro às favas. (Portal Debate)

Foto: Polícia Federal

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