Governador sanciona lei que aumenta 2,17% salário de professores no Pará

O governador Helder Barbalho, acompanhado da secretária de Educação, Leila Freire, sancionou, na amanhã de ontem (30), a Lei que autoriza o reajuste de 2,17% sobre o salário dos professores da educação básica, pertencente à rede pública estadual de ensino. Dando um belo ‘presente de Ano Novo’ à maioria dos educadores do Pará que votaram nele. 

O Projeto de lei, encaminhado pelo Estado para a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), no dia 23/12/2019, ‘estranhamente’, foi aprovado por unanimidade entre os deputados. “Não existe oposição na Alepa ou Helder Barbalho utilizou-se do famoso ‘cala boca’ ou ‘toma lá dá cá’ para massacrar a categoria”, reclamou um professor de Marabá. “Greve à vista”, protestou outro educador. Soou muito estranho o governo obter 100% dos votos dos 41 deputados estaduais da Alepa.

Durante a Campanha Eleitoral, em 2018, o então candidato Helder Barbalho prometeu, para ganhar o voto do professor, já cansado do descaso de Simão Jatene, a chegar a 100 escolas de ensino integral; oferecer merenda de qualidade; criar cursinho pré-vestibular municipal; reformar escolas e pagar o piso salarial dos professores, mas nenhuma dessas promessas foi cumprida, pelo menos nas regiões sul e sudeste do Pará, após um ano de governo: Veja o vídeo na íntegra.

O Fundo Nacional da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb) reajustou o piso nacional do magistério de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,15 a partir de janeiro de 2020, alcançando o percentual de 12,84%. Ao negar o aumento real aos professores, Helder Barbalho atende o pedido da Confederação Nacional de Municípios (CNM), representante dos prefeitos, ‘jogando os pés’ na maior categoria de sua base de apoio nas eleições de 2018.

Secretária Executiva de Educação Profª Leila Freire

Situação atual

Para atingir a metade das promessas de campanha, na área da educação, o governo Helder Barbalho ‘precisará voar’, pois passado 1/4 de tempo da gestão, o servidor não vislumbra nenhuma melhoria. Como exemplo, as 4 escolas de tempo integral de Marabá nunca foram licitadas para receber reforma e adequação, apesar do recurso disponibilizado pelo FNDE está ‘mofando’ na conta da Seduc (PA), há anos.

A modalidade de ensino integral, sempre foi um engodo desde a gestão Jatene. Não se tem conhecimento de nenhum prédio escolar, construído ou adaptado, para funcionar uma escola de ensino integral no interior do Pará. Sequer uma reles licitação, a Profª Leila Freire consegue realizar, imagine melhorar a qualidade do ensino, aumentar o IDEB, oferecer melhores condições de trabalho aos educadores e chegar a 100 escolas de ensino integral em três anos restante do governo Helder Barbalho. Não irão conseguir.

Foto: Reprodução

Não se consegue desenvolver o povo do Pará sem investimento na educação. Existe uma distância abissal do percentual pago por Helder Barbalho de 4,17%, pois ele já havia pago 2% durante o ano de 2019, para 12,84% concedido pelo FNDE. Querer empurrar, ‘goela a baixo’, da sociedade que paga o piso salarial do magistério aos professores, utilizando-se ‘tramoias jurídico-administrativas’ e de pesadas campanhas publicitárias, é duvidar da inteligência dos educadores e ‘fazer de trouxa’ o povo do Pará.

Parafraseando a passagem atribuída a Jesus Cristo, nos evangelhos sinóticos, com a expressão “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, eu vos digo Helder Barbalho: “Dai, pois, ao professor o que é do professor”. Se os governos do Pará continuarem a tratar a educação como um problema, um ‘fardo’ difícil de se carregar, nunca sairemos das duas últimas colocações no ranking que mede a qualidade da educação pública no Brasil.

Pedro Souza

(Vídeo baixado do YouTube)

 

 

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