Exército: Coronel é promovido, transferido e inquérito que investiga morte de esposa continua parado em Marabá

Maura morreu com um tiro na cabeça na Vila Militar Castelo Branco - Crédito: Reprodução

O inquérito policial que investiga a morte da Senhora, Maura Dubal Martins Souza, 46 anos, morta com um tiro na cabeça, na casa onde morava, na Vila Militar Castelo Branco, no dia 4/1/2020, continua ‘mofando’ nas prateleiras da 21ª Seccional de Polícia Civil, em Marabá, no sudeste do Pará, por falta de um laudo do Centro de Perícias Científicas (CPC), através do Instituto Médico Legal (IML).

Durante as investigações, o esposo da vítima, coronel Andreos Souza da Silva, comandante do 23º Batalhão Logístico de Selva, investigado, segundo informações oriundas do próprio 23º B Lg Sl, já foi promovido ao posto de coronel, foi transferido para uma unidade militar em Brasília (DF) e, amanhã (13), passará o comando do 23º Batalhão Logístico de Selva e, como se fala na linguagem popular paraense “pega o beco”.

Advogado Lourival Cardoso – Crédito: Reprodução

O advogado Lourival Cardoso, constituído pela família de Maura Martins, já denunciou o caso para a Corregedoria do CPC, mas até agora, como se diz em Marabá, “necas de pitibiriba”. O primeiro delegado a cuidar do caso foi William Crispim. Na época, ele informou que a posição do tiro não deixava claro se tratar de suicídio. Depois as investigações passaram para as mãos do delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas.

Há 25 dias atrás, “Toni Vargas” declarou que o CPC e o IML não tinham feito o laudo chegar às mãos da Polícia Civil de Marabá. Daniza Ione Almeida Dubal (tia) e Iara Batista (prima) dizem ter certeza de que Maura não cometeu suicídio e desconfiam de tantos entraves para elucidar as circunstâncias da morte da parente.

Comentários postados nas redes sociais demonstram o tamanho da “sensação de impunidade” que a demora na elucidação de um caso como esse, envolvendo um poderoso, causa na sociedade. “Quem tá presa é ela….que perdeu sua vida…aonde que uma mulher linda daquela ia se matar…?“; “A verdade é que esse caso tá abafado, pq se trata de um militar” e “Gostaria de saber o que aconteceu com o marido? Esse crime é um mistério. Mas só um cego que não ver o que aconteceu“.

Amanhã à noite, após a última continência à frente do comando do 23º Batalhão Logístico de Selva, o promovido coronel Andreos Silva passará a responder o processo por carta precatória ou vídeo conferência, muito distante de Marabá. Como não houve flagrante, caso seja provada sua culpa no caso, ele deverá ir a júri popular, se condenado, ainda poderá recorrer para a 2ª e 3ª instâncias. Se o militar for considerado inocente, a vida vai continuar como “dantes no quartel de Abrantes.

Iara Batista, “Quanto mais o tempo passa, mais desconfiados nós ficamos” – Crédito: Reprodução

Fonte: Humberto Viana Alicante

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