Equipes resgatam animais abandonados na enchente em Marabá

A busca ocorreu principalmente em áreas alagadas do núcleo Marabá Pioneira, onde foram resgatados dois gatos e um cachorro. Os animais resgatados serão abrigados provisoriamente pela Semma
Foto: Divulgação/Secom PMM

Nesta quarta-feira (19), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá (Semma) iniciou as ações de resgate de animais abandonados e ilhados pelas cheias dos rios Tocantins e Itacaiunas. A ação surgiu após reunião com o Ministério Público, por meio da Promotoria de Meio Ambiente, e Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) devido ao aumento do número de registros de abandonos de animais no Disque Denúncia.

O resgate ocorre em duas lanchas com três agentes da SEMMA, um do CCZ e dois guardas do Grupamento de Proteção Ambiental (GPA), que pertence à Guarda Municipal e atua na proteção da equipe.

A busca ocorreu principalmente em áreas alagadas do núcleo Marabá Pioneira, onde foram resgatados dois gatos e um cachorro pela manhã. O resgate é difícil pelo fato de os gatos serem mais arredios e ágeis que cachorros, mas alguns animais foram resgatados em telhados de casas quase submersas.

Segundo o departamento de fiscalização da SEMMA, os animais encontrados em parte são os que já se encontravam em situação de rua e buscaram um lugar para fugirem da cheia e o restante foi deixado para trás quando as famílias realizaram a mudança.

“Essa ação vai continuar até não identificarmos mais nenhum animal que tenha sido abandonado nas cheias. Continuaremos fazendo vistorias, rondas e monitoramentos nessas ruas, tanto na Marabá Pioneira, quanto na Folha 33 e outros bairros que foram alagados para não deixar nenhum animal para trás”, ressalta o coordenador do Departamento de Fiscalização, Paulo Chaves.

Se os donos dos animais forem identificados podem ser enquadrados na Lei de Maus-tratos contra cães e gatos. Os animais resgatados serão abrigados provisoriamente pela Semma.

O guarda Isaías Lopes, que acompanhou a ação pelo GPA, explica a importância do convênio entre os dois órgãos na fiscalização e combate a crimes ambientais. “Por causa da enchente as pessoas estão saindo das suas residências e, às vezes dá tempo de tirar os animais, às vezes eles ficam para trás. Estamos aqui dando apoio à Semma no resgate desses animais e em meio a isso ainda encontramos outros crimes ambientais com a apreensão de redes de pesca na época da piracema”, observa.

Piracema

Durante a ação de resgate, três redes de pesca que somavam mais de 300 metros de comprimento foram apreendidas em pleno período da piracema, quando a pesca predatória para fins comerciais é proibida.

“A piracema está em vigor e já que estávamos no rio e encontramos essa situação então aproveitamos para realizar a apreensão”, reitera o coordenador. (Com Secom PMM)

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