Em nota, Acim condena divisão e defende diálogo na pandemia

O Centro Comercial da Marabá Pioneira | Foto: Portal Debate Carajás

Em nota à sociedade publicada nesta segunda-feira (29), a diretoria executiva da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim) reconhece as restrições adotadas pela prefeitura em face da pandemia da covid-19 e defende a união do setor com base no diálogo. O posicionamento é fruto de agitação que começou em grupos de WhatsApp da entidade entre os próprios empresários durante o fim de semana.

É que, desde sexta-feira (26), quando o decreto de número 179 foi editado pela Prefeitura de Marabá fechando o comércio em geral, mas liberando uma série de atividades consideradas essenciais, uma ala da associação tem se posicionado de forma duramente contrária. Uma carreata, aliás, está sendo convocada para amanhã (30), às 9h, em protesto contra as medidas do município.

Enquanto isso, o presidente da Acim, João Tatagiba, vem defendendo abertamente as restrições adotadas pela gestão municipal. Ele, inclusive, participou de reunião do comitê gestor para alinhar as medidas, na quinta-feira (25). Leia a nota, na íntegra, por meio da qual a diretoria executiva da entidade endossa o combate à pandemia:

“É fato que não se encontra consenso no debate do enfrentamento à pandemia de Covid-19, isso vem gerando um processo mundial de polarização em grupos antagônicos e que, com o tempo, têm se distanciado do foco do problema.

Posições estremadas não trarão a solução dos efeitos colaterais do combate à pandemia. É preciso a busca do ponto de equilíbrio, ter a humildade de entender que não somos donos da razão, saber ouvir os atores envolvidos e opiniões técnicas sobre o assunto, além de lutar pela manutenção da mesa de debate. Eis o único caminho para garantirmos a participação e representatividade do setor empresarial no palco municipal de combate à pandemia.

Não obstante, entendermos que existem pontos no atual cenário onde poderíamos avançar, o único motivo que teríamos hoje para não apoiar as medidas adotadas, seria a falta de diálogo com o setor empresarial, o que não existe.

Considerando o cenário pretérito, o debate local por si só não é garantidor de uma realidade desejada. Ainda temos que considerar esferas sob as quais não temos participação direta, que têm o poder de suplantar hierarquicamente qualquer que seja nosso entendimento local.

Uma relação se julga por sua história e não por um momento. Fica aqui nosso reconhecimento pela forma como a gestão municipal vem tratando e negociando as medidas de combate à pandemia com a sociedade, sempre na mesa de debate.

Todos somos cientes de que momentos mais duros viriam, essa é a hora da união, a fim de minimizarmos impactos a médio e longo prazo, que nos levarão a perdas financeiras e humanas muito maiores.

O respeito à vida, assim como a geração de emprego e renda, são nosso norte diário no debate, buscando o equilíbrio possível e não o extremismo simplório para atingir aqueles que se propõem ao debate.

Portanto, concluímos afirmando que qualquer manifestação de nossa Associação Comercial e Industrial será feita por nossos canais oficiais e com o apoio de nossos diretores.”

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