Coronel detido em ato por fim de confinamento denuncia ameaça em delegacia

Crédito: Reprodução/Facebook

Apontado como um dos organizadores da manifestação que pedia o fim do confinamento, imposto como medida de contenção à pandemia do novo coronavírus, e detido pela Polícia Militar, na manhã deste domingo, 29, em Belém, o coronel Maroja Alcebíades usou uma rede social para se defender e criticar a atuação da PM sob determinação do governador do estado, Helder Barbalho (MDB).

“Foi extremamente vexatório o que passamos. Não estávamos aglomerados, cada um estava no seu carro, sem contato coletivo e sem aproximação. Fomos detidos na Delegacia da Cremação, desde as 10 horas, aproximadamente, e somente fomos liberados agora (17h)”, escreveu.

Ao todo, a operação que paralisou a carreata na capital paraense deteve 11 pessoas. Para Maroja, os manifestantes não infringiram o decreto estadual que proíbe aglomeração, já que a manifestação ocorreria de dentro dos carros dos participantes.

No texto publicado em uma rede social, ele denuncia ainda que os detidos teriam sofrido ameaças e tiveram os celulares confiscados na delegacia. “Além de não termos cometido crime nenhum, fomos detidos, nossos celulares confiscados (sob ameaça) e nossa privacidade comprometida.

O Delegado responsável, ameaçou a todos, afirmando que quem não entregasse os celulares, os seriam tomados a força”, relatou.

Confira a íntegra da nota:

“PRESO POLITICO! – AMIGOS, ESTOU BEM! – façam o pará inteiro ver!
Foi extremamente vexatório o que passamos. Não estávamos aglomerados, cada um estava no seu carro, sem contato coletivo e sem aproximação.
Fomos detidos na Delegacia da Cremação, desde as 10 horas, aproximadamente e somente fomos liberados agora!
Ao chegarmos à delegacia, nos colocaram a todos numa sala, onde mais de 20 policiais civis e outros policiais militares faziam a nossa guarda, na frente da porta (até então, não tivemos contato nenhum entre as pessoas, rezo para nesse momento não ter adquirido o vírus Chines). Fomos escoltados por umas 7 viaturas, enfim, o tratamento realizado me lembrou bastante àquele do Ditador Maduro (Venezuela), contra seus adversários. Parecia cena dantesca de filme de ação!
Mas o pior ainda estava por vir, além de não termos cometido crime nenhum, fomos detidos, nossos celulares confiscados (SOB AMEAÇA )e nossa privacidade comprometida. O Delegado responsável, ameaçou a todos, afirmando que quem não entregasse os celulares, os seriam tomados à força! – tivemos que entregar pois não somos bandidos e não estaríamos dispostos a ser agredidos para FAZE-LO.
Estou sem meu celular.
Peço que compreendam eu não responder a todos agora, estou muito constrangido e abalado em minha dignidade.

MAIS DO QUE NUNCA IREI LUTAR POR MINHAS CONVICÇÕES.
#CORONELMAROJA”

Roma News

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