Casal de Marabá morre em batida com caminhão

Casal vivia feliz em regime de união estável em Marabá. Joelson trabalhava em uma siderúrgica da cidade. Raimunda era consultora de cosméticos | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Tristeza define o sentimento de familiares e amigos do jovem casal Joelson Silva Braga e Raimunda Rodrigues de Lima Santos Filha, ambos de 25 anos, que foram vítimas de grave acidente de trânsito registrado em meados da noite desta segunda-feira (1º) na BR-230 (Rodovia Transamazônica), às proximidades da ponte sobre o Rio Bacuri, que corta a Terra Indígena Parakanã, entre Marabá e Novo Repartimento.

O casal estava viajando, de motocicleta, no sentido Novo Repartimento–Marabá da rodovia, no trecho crítico não pavimentado, quando foi surpreendido por um caminhão. A colisão provocou a morte instantânea dos dois, que moravam em regime de união estável no Bairro São Félix II, em Marabá, e teriam passado o fim de semana na casa de familiares de Raimunda em Novo Repartimento. A distância entre as duas cidades é de 195 quilômetros via BR-230.

Pesquisa realizada pela Reportagem do Portal Debate Carajás à base de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) indica que a moto, então pilotada por Joelson, era uma Honda XRE 190 azul, modelo 2020/2021, com placa do Mercosul. Foi comprada no fim do ano pelo casal e registrada em Marabá. O veículo ficou irreconhecível no acidente.

Casal do São Félix II terminou um sobre o outro em meio a sangue e destroços na Transamazônica

Em imagens que circulam nas redes sociais, feitas por condutores que trafegavam pelo trecho no momento do acidente e se sensibilizaram com o duro cenário encontrado, é possível ver Raimunda vestida com um uniforme azul de manga comprida pertencente a uma empresa siderúrgica instalada em Marabá – o uniforme era de Joelson, que registrava ponto na siderúrgica em questão, enquanto Raimunda, que era consultora de cosméticos e manicure, o usava apenas para se proteger do frio. O corpo dela estava sobre o de Joelson, que usava jaqueta e luvas de motociclista.

Além disso, os registros capturaram também muito sangue e massa encefálica, principalmente da mulher, espalhados pelo cenário de dor e aflição para as famílias. Ambos usavam capacete. Apesar disso, a região do corpo mais afetada com a batida foi a cabeça.

Os jovens portavam documentos e celulares em bolsas, o que permitiu a rápida identificação por quem transitava no local quando tudo aconteceu. Imediatamente, os dados documentais das vítimas viralizaram em grupos de mensagem.

O rapaz era muito conhecido na cidade. Amigos o reconheceram na internet e lamentaram a tragédia

O título de eleitor de Raimunda foi emitido pelo cartório de Marabá. Joelson era habilitado havia seis anos e a validade da carteira se estenderia até fevereiro de 2025, prova de que era condutor experiente no trânsito. Ele estudou na Escola Estadual de Ensino Médio Plínio Pinheiro, na Marabá Pioneira, até 2014.

A família da mulher é de Novo Repartimento, e a do rapaz, de Marabá. O casal deixa três filhos órfãos. Tão logo haja definição de local do velório e enterro dos dois, este domínio fará a atualização. Até o fechamento da matéria, a Reportagem não conseguiu apurar se o motorista do caminhão prestou socorro às vítimas ou para onde os corpos foram removidos. (Vinícius Soares/Debate Carajás)

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