Caminhada sensibiliza para a luta antimanicomial em Marabá

A manifestação iniciou na Praça do Idoso e seguiu até a Câmara Municipal de Marabá. No caminho, os manifestantes fizeram apresentações culturais e reflexões sobre a temática.
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MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ – No Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado nesta quinta-feira, 18, usuários e servidores do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) de Marabá participaram de uma caminhada na BR-230, no núcleo Cidade Nova, para sensibilizar a população sobre a importância do acolhimento a pessoas com transtornos mentais.

A manifestação iniciou na Praça do Idoso e seguiu até a Câmara Municipal de Marabá. No caminho, os manifestantes fizeram apresentações culturais e reflexões sobre a temática.

Já na Câmara, junto com os vereadores, eles debateram práticas que contribuem para a qualidade de vida das pessoas em tratamento de saúde mental e como funciona o atendimento no CAPS.

Francisco Alves de Souza

Francisco Alves de Souza, 72 anos, estava fazendo sua pedalada matinal quando observou o movimento na rua. Ele desceu da bicicleta e juntou-se ao grupo. O aposentado sofre de depressão há 20 anos e só há cinco aprendeu a lidar com o problema.

“Para a pessoa que tem depressão, muitas coisas ela não tolera, por isso é tratada como estúpida e ignorante. No meu caso, muitas pessoas, inclusive meus familiares, não entendiam por que eu era daquele jeito, porque me incomodava com tudo e, qualquer coisinha, eu explodia. Por isso, é muito importante falar sobre isso e fazer esse movimento”, contou Francisco.

Combate ao preconceito e à exclusão

De acordo com Iara Pereira, gerente interina do CAPS, além de combater o preconceito contra pessoas em sofrimento psíquico, a programação lembra que elas têm direito de viver em sociedade como qualquer cidadão.

Iara Pereira, gerente interina do CAPS

“Nos tempos dos manicômios, não tinha o olhar humanizado sobre essas pessoas. A ideia era de que elas deviam ser presas. Aqui buscamos dar voz a elas. São pessoas que conseguem trabalhar e viver. E a socialização é importante. No CAPS, por exemplo, temos grupos de convivência para interagir. Eles pintam, fazem arte e desenvolvem habilidades incríveis”, afirmou Iara.

José Vieira do Nascimento é paciente do Centro há anos e nesta quinta-feira participou da caminhada.

José Vieira do Nascimento acredita que a interação é fundamental para os pacientes

Segundo ele, a interação é fundamental para a melhoria da saúde dos pacientes. “Essa programação me deixa muito feliz. Essa demanda é muito importante pra nós”, contou ele. (Com informações da Secom PMM)

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