Nos últimos dias, a realização do carnaval, no período de 25 de fevereiro a 1º de março de 2022, vem ocupando espaço nas rodas de conversa e redes sociais. Existe um grupo que vem pressionando a Prefeitura de Marabá (PMM) para não realizar a festa momesca, porém há quem não queira nem ouvir falar em mais um ano sem a tradicional festa de carnaval na Terra de Francisco Coelho.
De um lado, alguns grupos religiosos, que sempre se posicionam contra o carnaval, estão sendo acusados de usar o aumento do número de casos da covid-19 como “moeda” para pressionar o prefeito Tião Miranda (PSD). Este grupo ganhou o apoio de quem nunca gostou de carnaval. O coro se fortalece com a participação de pessoas que perderam parentes e amigos para a doença e daqueles que, à margem de qualquer pretexto, se preocupam com o aumento de novos casos da famigerada pandemia.
Por sua vez, os foliões argumentam que cultos, missas, escolas, shows (religiosos e profanos), estádios de futebol, procissões, encontros sociais, retiros espirituais, bares, casas noturnas, entre outras atividades com aglomeração, estão funcionando normalmente, logo não se justificaria a suspensão do carnaval em Marabá. Para este grupo, não seria inteligente sacrificar só o carnaval.
Há cerca de 15 dias, o Portal Debate Carajás entrou em contato com o prefeito Tião Miranda sobre a possível autorização para os tradicionais blocos de carnaval saírem às ruas. O gestor afirmou que só poderia se posicionar a respeito do assunto mais perto do período de carnaval. Nos próximos meses, a realização da festa mais popular do Brasil deve render discussões acaloradas na cidade.
O Portal também conversou com Raimundo Neto, presidente do bloco Gaiola das Loucas, a respeito do assunto. Ele afirmou que, mesmo com a realização do carnaval no “polo cultural nacional” – Rio de Janeiro e São Paulo – a diretoria levará em consideração o quadro sanitário em relação à covid-19 e a autorização da Prefeitura de Marabá para realização do tradicional arrastão do bloco pelas ruas do Núcleo Cidade Nova. (Pedro Souza/Portal Debate Carajás)