A jogada de Pacheco

Ele aprendeu com a CPI da Covid, cuja instalação foi obrigada pelo Supremo. Continua errando, mas – parece – blindado contra ações efetivas ao tribunal
PEDRO GONTIJO/SENADO FEDERAL

Que tal a jogadinha esperta de Rodrigo Pacheco?

Ele aprendeu com a CPI da Covid, cuja instalação foi obrigada pelo Supremo. Continua errando, mas – parece – blindado contra ações efetivas ao tribunal.

Naquela ocasião, começo de 2021, cumpridos todos os requisitos, segurou a leitura, que deveria ser automática, do requerimento – o que não poderia fazer, afronta ao que dispõe a Constituição em seu artigo 58.

A oposição foi ao STF em busca do direito da minoria. Pacheco foi atropelado, um presidente do Senado, sob a vara do Supremo, obrigado se comportar como tal.

Aprendeu. Desta vez, já avisou, não dá mais para enrolar, lerá o requerimento, hoje ou amanhã – mas, escorado na ação (na omissão combinada) de líderes partidários, deixará para eles o papel de, atrasando a indicação de membros à CPI, empurrar o funcionamento da comissão para depois das eleições. O que quase significa para nunca. Esse é o enredo pretendido.

É feio, mas, compreendida a feiúra no âmbito da atividade político-parlamentar, fica muito pequena a margem para ações bem-sucedidas no Supremo. Muito pequena a margem; mas existente: há o precedente da CPI dos Bingos, de 2005, em que o STF ordenou que o presidente do Senado indicasse os componentes da comissão.

A ver.

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