Nesta quinta-feira (25), uma portaria publicada pela Polícia Federal (PF) afastou o delegado Everaldo Eguchi pelo suposto crime de vazamento informações de operações da Polícia Federal a garimpeiros. A acusação de violar sigilo funcional ocorreu no último dia 14 de julho, durante a “Operação Migrador”, em Marabá.
De acordo com a PF, o vazamento de informações teria sido realizado pelo delegado, que foi identificado e afastado das funções. Além dele, a operação também teve como alvo seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês no sudeste do Pará. Os suspeitos tiveram acesso indevido às informações vazadas, segundo as diligências, que investigavam o garimpo ilegal de Manganês no Sul do Pará.
Delegado Eguchi chegou ao segundo turno da prefeitura de Belém, pelo Patriota, em 2020, quando foi derrotado por Edmilson Rodrigues, do PSOL. O PF aparece como o principal adversário do atual governador Helder Barbalho (MDB) nas eleições de 2022. Para os admiradores de Eguchi, o desenrolar do processo evidencia uma clara perseguição política.
No dia 10 de novembro de 2021, a Justiça Federal, por meio da desembargadora, Maria do Carmo Cardoso, determinou a suspensão do procedimento criminal contra Eguchi, em trâmite na Vara Única da Subseção Judiciária de Marabá, e o retorno dele ao cargo de delegado da Polícia Federal.
Para a magistrada, “é possível identificar, ao menos no atual cenário, questões políticas e pessoais como fatores determinantes para a abertura da investigação que se baseou em denúncia anônima contra o paciente”, afirma. Com esse afastamento pela própria cúpula da PF, Delegado Eguchi deverá recorrer à Justiça para ser reintegrado as quadros da PF. (Portal Debate Carajás)