Desabrigados formam fila e enfrentam sol quente atrás de auxílio de R$ 1.212

População critica falta de estrutura para atender as famílias atingidas pela cheia do Rio Itacaiunas e Tocantins.
Fila gigantesca - Crédito: WhatsApp

REDAÇÃO DE MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ – O governador com maior expertise em maltratar a população, seja ela composta de jovens ou adultos, Helder Barbalho (MDB), aprontou mais uma “patacoada”, na manhã desta sexta-feira (15), expondo as famílias atingidas pelas cheias do Rio Tocantins e Rio Itacaiunas, a um sol escaldante e uma fila gigantesca para cadastramento junto a Defesa Civil de Marabá.

O Barbalho anunciou, durante a noite desta quinta-feira (13), em suas redes sociais, a destinação de um salário mínimo (R$ 1.212,00), através do “Programa Recomeçar”, para as famílias atingidas pela cheia em Marabá. Até aí não existe nada de anormal e muitos estão elogiando a iniciativa do governador, mesmo em pleno ano eleitoral. Entretanto, alguns adversários políticos de Helder já preparam ações para ingressar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), denunciando a compra de voto oficial.

O problema é que Helder anunciou o benefício, indicou o local onde o povo deveria se cadastrar para sacar o dinheiro em uma agência do Banpará, mas não ofereceu nenhuma estrutura material nem pessoal para acomodar as pessoas que estavam na gigantesca fila. Para complicar a difícil situação da Defesa Civil, o órgão teve que quase paralisar a mudança de famílias alagadas para realizar o cadastramento depois do anúncio destrambelhado do governador do Pará.

Na condição de anonimato, os trabalhadores da Defesa Civil expuseram a irritação com mais uma atitude atrapalhada e mal planejada de Helder Barbalho ao anunciar benefícios para a população do Pará. Na fila, os flagelados demonstravam cansaço, fome, desolação e bastante irritação com o governador. Já outros reclamavam da falta de ação da Secretaria de Governo em Marabá. A simples colocação de tendas e cadeiras, como foi feito na época do pagamento do auxílio emergencial, diminuiria o sofrimento das pessoas.

Povo exposto ao sol – Crédito: WhatsApp

HISTÓRICO DE MAUS TRATOS

Não é de hoje que o Portal Debate Carajás denuncia a falta de planejamento do governo Barbalho em Marabá. No dia 25 de março de 2021, a matéria “Bancários rechaçam falta de planejamento do governo Helder” denunciou a ausência de estrutura nas agências do Banpará para pagar a “merreca política” de R$ 100, através do “Programa Renda Pará”, para as famílias vinculadas ao antigo Programa Bolsa Família.

Na época, a presidente da Associação dos Funcionários do Banpará (AFBETA), Kátia Furtado, emitiu uma nota de esclarecimento: Leia.

A AFBEPA, Associação dos Funcionários do Banpará, vem com todo o respeito se dirigir a V.Sas, para deixar Clara a posição do funcionalismo, acerca da matéria ‘ Renda Pará ‘: Auxílio de Hélder humilha famílias carentes de Marabá.

É importante ressaltar que essas famílias precisam muito dessa renda, pois muitos não têm, às vezes, um real pra comprar pão e diante desta pandemia esse é um gesto acertado do Governo.

Realmente falta planejamento para o pagamento desse auxílio, uma vez que é grande o número de beneficiários do Programa Bolsa Família.

Não à toa, e por se identificar e reconhecer que essa renda é fundamental para todas essas pessoas, que os funcionários (as) do Banpará não têm medido esforços e estão na linha de frente para atender e pagar esse valor para essa grande parcela da sociedade.

Muitas dessas pessoas não se atentam para o calendário de pagamento ou não sabem, por isso existe uma pessoa que faz essa triagem desde cedo. Mas, a massificação da informação caberia à Diretoria do Banco realizar.

Desde que começou o atendimento aos beneficiários do Renda Pará, a Agência de Marabá abre às 8h e fecha às 15h, conforme determina a Área Comercial do Banpará.

Os bancários e bancárias estão na linha de frente desse atendimento para dar o melhor para as pessoas beneficiárias dessa renda. A Gerência do Banco em Marabá se esforça com sua equipe de mais 11 colegas para fazer o que pode e o que não pode, inclusive trabalhando doente. A grande maioria dos funcionários (as) tiveram covid19, pois têm sido linha de frente dessa pandemia, atendendo os programas sociais, sem que as medidas sanitárias sejam observadas.

A humilhação se há, não parte da categoria bancária, mas da falta de estrutura de pessoal e de um olhar humano, que se importe em fazer uma tenda maior; de planejar esse atendimento com cuidado, levando a informação por cartinha para casa de cada beneficiário, massificando a informação e até fazendo esse pagamento por meio de ida à casa de cada pessoa.

Hoje, infelizmente, foi um dia difícil, em que o sistema tecnológico ficou de 10:30 até 12:30 sem funcionamento, e isso causou muito transtornos à todos, funcionários (as), clientes e beneficiários do Renda Pará.

Nós, os funcionários e funcionárias do Banpará, reiteramos que, continuaremos nos empenhando com muito carinho, humanidade e zelo para atender o nosso Munícipio.

Pedimos desculpas por quaisquer transtornos causados mesmo àqueles que não causamos. Nos colocamos à disposição para ajudar a toda população neste momento de crise.

KÁTIA FURTADO

Presidente da Associação dos Funcionários do Banpará

Já no dia 18 de dezembro de 2021, Helder obrigou milhares de estudantes a enfrentar sol e chuva, na porta de duas agências do Banpará, para sacar R$ 500, novamente sem oferecer nenhuma estrutura humanizada para o povo de Marabá. A humilhação novamente foi pauta do Debate por meio da matéria “Milhares de estudantes se aglomeram em filas por benefício do governo” (foto abaixo).

Hoje (14), na Rua Sete de Junho, Bairro Velha Marabá, o humor dos flagelados não andava muito cordial para o lado do governador do Pará. Seria bastante inteligente, ele planejar a execução das ações humanitárias, antes de tentar obter capilaridade política, nas redes sociais, às custas da sofrida população de Marabá. (Portal Debate Carajás)

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