Vaticano pode autorizar padres a se casar na Amazônia

O anúncio de que o tema seria tratado pelo Vaticano surpreendeu a sociedade. Em coletiva de imprensa no último dia 19, em Manaus, o arcebispo da capital, Dom Sérgio Castrini, defendeu a medida a ser discutida pelo Vaticano como uma alternativa para a Igreja alcançar áreas isoladas e levar os ritos católicos a esses locais. “As comunidades precisam da eucaristia. São pessoas que têm a condição de serem padres, são homens sérios e preparados, que vivem para suas comunidades, que já reúnem a comunidade para rezar e já celebram a palavra”, defendeu Dom Sérgio. 

“Esse documento é o fruto disso, de anos de escuta com a comunidade, rodas de conversa e esse assunto não é novidade para quem está por dentro do processo sinodal”, explicou o líder religioso na ocasião.

Integrante da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), o padre Luís Miguel Modino disse que, após a discussão entre os bispos, o Papa Francisco precisa aprovar a medida. Caso isso aconteça, homens e mulheres que já tenham família poderão celebrar missas e realizar confissões, por exemplo. Hoje, os leigos podem apenas presidir matrimônios e batismos.

“Em outras regiões do planeta, como nas ilhas do Pacífico, se dá a mesma situação de difícil acesso de padres. Mas, em princípio, que a Amazônia possa ser o local onde isso seja colocado em pauta é uma possibilidade, ainda não é uma coisa certa. É uma coisa que vai ser estudada pelos bispos do Vaticano, a partir daí o Papa Francisco vai ver se essa é uma possibilidade real para a Igreja Católica”, afirmou.

A Crítica

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