Umbanda: Hoje é dia do Exu ‘Tranca Rua’; Conheça essa entidade religiosa africana

O culto de religiões de matrizes africanas, como a Umbanda, é dedicado nesta segunda-feira (24), a Exu Tranca Rua, um dos mais populares. Segundo informações do “We Mystic”, site especializado em assuntos sobre religiosidade e misticismo, o nome Tranca Rua tem origem na crença de que ele é responsável pela abertura de caminhos como a conquista de um emprego, por exemplo.

A informação é compartilhada por Mãe Nangetu, conhecida espiritualista em Belém. “A principal característica do Exu Tranca Rua é abrir caminhos, caminhos para a comunicação, para dinheiro, para o amor. Então, por exemplo, é um Exu de caminhos como todos os exus, mas a especificidade desse exu é abrir caminhos, é vencer demandas”, completou a religiosa. No culto, oferendas com comidas e bebidas são feitas em encruzilhadas e locais como praias.

ORIGEM

Segundo Lucas irain de Souza, o babalorixá “Alá omín”, da casa T.E.U.C.Y., o culto a Tranca Rua iniciou quando a rainha francesa de religião católica, ordenou seus soldados a matarem em nome de Deus todos os protestantes que se reuniam aos domingos pela manhã na praça pública. Este feito ficou conhecido como Noite de Bartholomeu, que deu origem no Brasil ao toque ao senhor tranca ruas, e todos os demais exus.

Assim, 24 de agosto, que foi o dia do massacre, na Igreja Católica é dia de São Bartholomeu, que no sincretismo religioso com os cultos afro-brasileiro é Oxum Maré, o responsável por elevar aos céus (Orún) as almas da terra (Aiyê).

Diante disto, Deus (Olorún) ordenou ao guardião da terra, o Senhor Exu, que tomasse conta deste dia, para que não houvesse mais tantas mortes em seu nome. Sendo assim, as casas de matriz africana realizam oferendas e fazem seus toques festivos em homenagem a Exu, pedindo proteção, livramento, segurança, contra todos os perigos, ciladas e emboscadas e a morte prematura.

O senhor Tranca Ruas é considerado o capitão das encruzilhadas, o grande guardião dos caminhos, defensor das mulheres e dos oprimidos, sendo o responsável por comandar uma falange de exus, como “Exu Capa Preta”, “Exu Meia Noite”, “Exu Curador”, “Exu Caveira” e “Pombagiras”.

“Todos os exus são responsáveis por manter o equilíbrio entre o mundo espiritual e o mundo material, sendo considerado pelos filhos e adeptos de matriz africana o protetor da humanidade”, disse Lucas.

Fonte: Diário do Pará

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