Variante indiana não impede trem de passageiros da Vale de funcionar entre Pará e Maranhão

Dias após casos da variante serem confirmados no estado vizinho, Pará agora investiga quadro de possível infecção de pacientes com Covid-19 que tiveram contato indireto com tripulação de navio.
Crédito: Reprodução

O trem de passageiros da Estrada de Ferro Carajás, operado pela Vale e que liga o Pará ao Maranhão, continua circulando, mesmo com as notificações de casos suspeitos e confirmados da variante do novo coronavírus B.1.617 detectada em tripulantes de embarcação que ancorou em São Luís, capital do estado vizinho.

O navio MV Shandong da Zhi foi fretado pela Vale para transportar minério de ferro e trouxe os primeiros casos da variante após ter saído da Malásia e passado pela África do Sul. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Maranhão, 100 pessoas tiveram contato com os infectados.

Neste sábado (22), a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirmou que dois casos suspeitos estão sendo analisados no município de Primavera, distante 459,6 km de São Luís. Ainda não há confirmação de transmissão local da nova variante.

Os pacientes, confirmados para Covid-19, são dois funcionários que trabalham no porto de Itaqui, no Maranhão, e estiveram em local de trabalho em São Luís, nos últimos dez dias, tendo contato indireto com os tripulantes do navio.

Amostras foram coletas e serão analisadas pelo Laboratório Central (Lacen), vinculado à Sespa, para confirmação ou descarte de contaminação pela variante.

Um dia após a confirmação dos casos no Maranhão, o G1 questionou a Sespa sobre as medidas de controle que seriam tomadas para evitar a proliferação.

Em nota, a secretaria disse que, mesmo sem ainda registrar casos, alertou os serviços de saúde do estado para que estejam atentos para identificar possíveis casos no território paraense.

A Sespa disse, ainda, que foram feitas recomendações para intensificação de vigilância em portos, rodoviárias e aeroportos e para a notificação imediata à Anvisa sobre ocorrência de casos suspeitos. Também de acordo com a Sespa, áreas de fronteira entre o Pará e o Maranhão devem aumentar a vigilância e realizar coleta de material para exame de RT-PCR.

Sobre o funcionamento do trem de passageiros, a Vale disse que “desde o retorno das atividades, em agosto de 2020, foram adotados novos procedimentos para compra de passagens, embarque e viagem”. Segundo a empresa, as medidas levam em consideração protocolos de saúde determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos governos do Pará e Maranhão.

“Entre as medidas adotadas estão a redução na oferta dos assentos, garantindo o espaçamento adequado entre os passageiros e priorização da venda de passagens pela internet”, afirma.

A Vale disse também que “para garantir o cumprimento das regras de distanciamento, houve redução 50% na oferta de poltronas disponíveis para a venda, além da obrigatoriedade do uso de máscara e aferição de temperatura corporal antes do acesso ao trem” e que “caso seja detectada febre, o usuário será orientado a buscar atendimento médico e não poderá viajar”.

A nota conclui informando que “foram instalados reservatórios com álcool em gel a bordo do trem e nas estações” e que “a limpeza e desinfecção de superfícies de contato agora é feita a cada duas horas e antes do início de cada turno”.

Fonte: G1 – Pará

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