‘Todes’ proibido: projeto proíbe linguagem neutra em órgãos públicos

O texto votado foi um substitutivo apresentado pelo deputado Pedro Campos (PSB-PE), no projeto inicial de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF)

Os deputados federais aprovaram a proibição de linguagem neutra em órgãos públicos. O texto votado foi um substitutivo apresentado pelo deputado Pedro Campos (PSB-PE), no projeto inicial de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), que institui um padrão nacional de linguagem simples em órgãos públicos. 

Após a votação do texto inicial, nesta terça-feira (5), uma emenda de autoria do deputado Junio Amaral (PL-MG), que prevê que a administração pública não deverá usar “novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa”, também foi analisada e aprovada.

Em suas redes sociais, Junio Amaral comemorou o resultado da votação. “Em um projeto da esquerda que versa sobre “linguagem simples” incluímos uma emenda que acabou jogando contra eles, vitória do Brasil. Ficamos felizes, mas nem TODES”, escreveu. “É o primeiro grande passo para a gente enterrar essa aberração linguística, que visa destruir o nosso patrimônio, que é a nossa língua”, declarou.

A emenda foi chamada por alguns deputados de jabuti — jargão parlamentar que refere à inclusão de trecho sem relação com o projeto original. Ela teve 257 votos a favor e 144 contra. Outros dois deputados se abstiveram.

Pelo projeto, fica criada a Política Nacional de Linguagem Simples na administração pública direta e indireta, com o objetivo de facilitar o entendimento e a participação da população nas atividades públicas. A matéria precisa ser aprovada pelo Senado. (Com Oliberal)

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