O prefeito de Marabá, Tião Miranda (PSD), promete baixar decreto de flexibilização do funcionamento do comércio, bem como do horário estabelecido para o toque de recolher (que ficou mais cedo, às 21h) ainda nesta quinta-feira (11). Ele recebeu a visita do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e nesta alinhou as novas medidas ao lado de representantes do empresariado.
Aliás, foi a Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim) e o Sindicato do Comércio Varejista de Marabá (Sindicom) que articularam junto a Tião e Helder essa flexibilização do comércio. Eles convenceram os políticos a analisarem as próprias ações pelo bem da coletividade.
Para os empresários, em linha seguida por Tião, com o atual horário de funcionamento do comércio, das 10h às 17h (três horas a menos que o habitual), as chances de aglomeração nas lojas são maiores. Eles propuseram a retomada do expediente das 8h às 18h como forma de garantir o respeito às medidas sanitárias impostas a fim de conter o avanço da covid-19, doença do novo coronavírus.
Além disso, o prefeito também intercedeu pelos restaurantes, manifestando o desejo de que voltassem a operar até as 22h, novo horário de início do toque de recolher, assim como foi na atualização do Decreto Estadual nº 800/2020 datada da última semana. O impedimento de circulação nas ruas, por qualquer pessoa, foi ampliado nesta terça-feira (9) pelo governador: das 21h às 5h.
Atualmente, os restaurantes estão funcionando até as 18h e com 50% da capacidade, o que deve permanecer no decreto a ser editado pela prefeitura. Academias de ginástica continuam fechadas sob a alegação de que ainda não é o momento para reabri-las. Inclusive, o presidente da Câmara Municipal, Pedro Corrêa Lima (DEM), apresentou aos vereadores uma proposta de retomada das academias por reconhecer a essencialidade do serviço.
Rodeado de políticos e empresários no Hospital Municipal, onde entregou mais oito leitos de UTI e dezesseis clínicos em parceria com a prefeitura, Helder discursou por cautela. O Pará, como amplamente difundido, é um dos estados que menos vacina a população no Brasil, já alcançando a triste marca de 9.171 mortes e 379.196 confirmações. (Vinícius Soares/Debate Carajás)