Tião descarta decretar estado de calamidade por enchente em Marabá

Prefeito concedeu coletiva de imprensa durante entrega simbólica de cestas básicas, ao lado do governador Helder Barbalho, na tarde desta terça-feira (11)
Foto: Secom PMM

Durante entrega simbólica de cestas básicas a famílias afetadas pela enchente que estão abrigadas no Bairro São Félix I, o prefeito de Marabá, Tião Miranda (PSD), descartou categoricamente a possibilidade de decretar estado de calamidade pública no município, apesar de considerar a elevação fora de época do nível do Rio Tocantins um fenômeno preocupante.

Na última semana, Marabá decretou situação de emergência no município pela enchente, de modo a viabilizar os recursos necessários para enfrentar a cheia dos rios. A medida tem duração indeterminada e se caracteriza pela iminência de danos à saúde e aos serviços públicos.

A diferença entre essa situação e a calamidade pública é que, no primeiro cenário, os problemas ainda não aconteceram, enquanto no segundo a crise já aconteceu ou está acontecendo. Existe também uma variação de intensidade: a situação de emergência costuma ser decretada em casos mais brandos, e o de calamidade pública em mais graves.

Tião Miranda informou, ao lado do governador Helder Barbalho (MDB), em uma coletiva de imprensa, que Marabá está executando um conjunto de ações para enfrentar a enchente. “Eu, que nasci nesta cidade, é a primeira vez que vejo uma enchente como esta no mês de janeiro. Estamos preocupados, porque estamos no período de chuvas e cheias. Estamos com muitas ações em andamento. Essa parceria com o governo do estado é importante para atender a população”, afirmou o prefeito.

Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará

O governador Helder andou por ruas do São Félix Pioneiro e percorreu de lancha a orla da cidade. Junto com Tião, ele também iniciou a entrega de 2,5 mil cestas de alimentos para famílias vítimas das cheias.

Helder Barbalho anunciou que técnicos do governo estadual estão em contato permanente com as autoridades municipais para identificar as demandas da população atingida, para que o estado possa auxiliar na intervenção estrutural das casas danificadas. O governador solicitou à prefeitura que avalie a necessidade de o estado custear o pagamento do aluguel social para famílias vítimas das enchentes.

“Este é o momento que deve ter a atenção de todos nós, já que há uma antecipação do calendário de cheia dos rios. O que nos traz o alerta é o acompanhamento diário com a prefeitura, para que possamos atuar da melhor forma possível neste momento de muita dificuldade”, reiterou Helder.

Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará

Flagelo só aumenta

O município de Marabá divulgou nesta terça-feira (11) que 1.485 famílias já foram afetadas pela cheia dos rios Tocantins e Itacaiunas. Deste total, 406 estão em abrigos montados pela prefeitura e 588 estão alojadas em casas de familiares. O dado anterior era de 1.360 famílias atingidas.

Ao todo, 12 abrigos foram construídos pela prefeitura. A mudança das famílias atingidas está sendo feita por 20 caminhões, sendo 10 do Exército e 10 da Defesa Civil.

Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará

Rio continua subindo

O nível do Rio Tocantins, segundo o Boletim Informativo de Vazões e Níveis da Eletronorte, deve alcançar a marca de 12,30 metros em Marabá nesta quarta-feira (12). A previsão, porém, é de que chegue a 12,66 metros acima do normal já nesta sexta-feira (13), em meio às chuvas que afetam a calha do rio. (Portal Debate Carajás, com informações da Agência Pará)

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