Pessoas com autismo recebem carteira de identificação no Pará

Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) é importante para assegurar direitos para o autista e familiares
Entrega de carteiras para deficientes fisicos. 24/06/2019. Fotos: Maycon Nunes/Agência Pará.

Criadas pela Lei 19.977/2020, conhecida como Lei Romeo Mion, as Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) são importantes ferramentas de garantia de direitos para a população autista e seus familiares, dando prioridade de atendimento em diversas áreas de serviços públicos e privados, principalmente na saúde, educação e assistência social.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), através de sua Coordenação Estadual de Polícias Para o Autismo (Cepa), desde o ano de 2020, intensifica esforços para que todas as pessoas com diretor de ter o documento recebam, de fato, a Ciptea de forma simples e ágil.

Até o presente momento, foram emitidas 10.543 Cipteas por todo o Pará. A marca atingida é motivo de orgulho para a equipe da Cepa, segundo a Coordenadora Nayara Barbalho: “O sentimento é que estamos no caminho certo, sabendo do quanto temos que avançar, principalmente no mês de conscientização é importante que todos os atores que fazem parte da rede de atenção às pessoas com autismo se responsabilizem por ela”, afirmou.

Em grande parte dos casos, o autismo é uma condição invisível, logo, a Ciptea simplifica a identificação. Anteriormente, as famílias possuíam muita dificuldade em ter acesso aos seus direitos, tendo que apresentar laudos médicos ou justificar a condição de seus filhos e as suas próprias.

Além da garantia de direitos, as Cipteas são importantes também para gerar a primeira base de dados sobre o autismo no Brasil. Segundo a coordenadora, este registro é fundamental para as políticas para a população autista: “Qualquer política pública só é implementada com efetividade e atendendo a demanda social seguindo uma base de dados confiável, por isso temos orgulho do que estamos construindo aqui no Pará, servindo de modelo para o país”, acrescentou.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças têm TEA no mundo. Nos EUA, onde dados foram coletados sistematicamente, foi estimado que 2,21% da população adulta têm TEA. No Brasil, não há números oficiais, daí a importância da Ciptea para facilitar a consolidação de dados quantitativos de pessoas com o transtorno no Estado, mas a estimativa é que haja cerca de duas milhões de pessoas.

Além da criação de uma base de dados, diversas políticas implementadas pela Cepa no estado têm servido de referência para implementação de projetos na iniciativa privada e em outros locais do país, recebendo visitas de equipes de saúde de diferentes estados para conhecer os projetos. A coordenadora Nayara falou sobre os motivos da Cepa ser modelo no trabalho com a população autista: “A coordenação é referência porque trabalha em diferentes projetos voltados para pessoas com autismo, sempre baseados em evidências científicas em diversos âmbitos intersetoriais, atendendo uma demanda gigantesca desta população”, declarou.

Serviço

Para solicitar a carteira, pais ou responsáveis por pessoas com TEA ou o próprio autista devem acessar o site (www.saude.pa.gov.br/autismo) e clicar no menu “Carteira do Autista” para cadastrar o usuário e a senha. (Com informações da Agência Pará)

Relacionados

Postagens Relacionadas

Nenhum encontrado

Cadastre-se e receba notificações de novas postagens!