No final da noite desta segunda-feira (28), Francisca Pereira Lopes, 68 anos, conhecida como “Chicona” ou “Tia Chica”, morreu, vítima de complicações da covid-19, por volta de 23h50, no Hospital Municipal de Marabá (HMM). A idosa estava internada , desde o dia 2 de fevereiro de 2022.
Natural da cidade de Tocantinópolis, norte do Estado do Tocantins. Francisca Lopes chegou a Marabá em 1970, onde passou a morar com parentes. Ainda jovem, “Chicona” passou a trabalhar na casa dos “Virgulino”, localizada na Rua 5 de Abril, Bairro Marabá Pioneira. Anos depois, a jovem foi morar no Bairro Laranjeiras. Nesta época, com o descobrimento do Garimpo de Serra Pelada, ela criou a “Boate Chica Drink’s”, mas conhecida como “Cabaré da Chicona”.
Francisca Lopes foi garimpeira em Serra Pelada, onde chegou a abrir o “Bar Chica Drink’s”, porém o garimpo fechou e ela retornou para Marabá, onde voltou a trabalhar no ramo de boate. Naquela época, o “Cabaré da Chicona” fez parte da vida e do imaginário de milhares de jovens de Marabá. Hoje, eles são casados e bem sucedidos, mas se lembram da passadinha no “Cabaré da Tia Chica”.
De acordo com familiares, nos últimos 3 anos, “Chicona” montou uma boate na cidade de Curionópolis, onde passou a morar, entretanto contraiu a covid-19 e foi intubada. Devido ao tratamento longo, a paciente precisou realizar uma cirurgia na garganta. Durante o procedimento, ela foi infectada com uma bactéria de difícil tratamento.
Além de ser transmissível, não existia medicamentos para tratar a doença em Marabá. O remédio veio de fora, mas Francisca Lopes não resistiu e morreu, pois já sofria do diabetes, pressão alta e colesterol. “Tia Chica” era uma das pessoas mais populares em Marabá. A idosa deixou 5 filhos entre biológicos e adotivos. “Chicona” era considerada uma pessoa de bom coração. (Pedro Souza/Portal Debate)
