Suspeito de matar sargento da PM teria agido em legítima defesa

Informação foi repassada ao Portal Debate, na tarde desta quinta-feira (4), pelo advogado que está atuando na defesa de Wilson Carlos
Wilson (suspeito) e Carlos (vítima), da esq. para dir.

MARABÁ, SUDESTE DO PARÁ — O advogado João Victhor Batista Rodrigues, que representa Wilson Carlos Araujo Junior, preso pela morte do sargento Carlos Júnior da Silva Melo, da Polícia Militar, entrou em contato com a reportagem do Portal Debate nesta quinta-feira (4) para esclarecer que seu cliente agiu em legítima defesa. Segundo Rodrigues, Wilson foi “brutalmente agredido” pela vítima, resultando na perda de três dentes.

A defesa informou que está acompanhando as investigações realizadas pela Polícia Civil e que contribuirá para a apuração dos fatos. O advogado expressou preocupação com o que chamou de “divulgação parcial das imagens das câmeras de segurança”, que, segundo ele, impedem a mídia de apresentar a dinâmica completa dos eventos.

O advogado do suspeito destacou que duas pessoas foram atingidas por disparos da arma do próprio policial e que testemunhas relataram que o sargento da PM havia ingerido bebida alcoólica e discutido com sua companheira antes do episódio.

A defesa contesta a decisão que manteve a prisão preventiva de Wilson e planeja impetrar um habeas corpus, argumentando que ele possui todas as condições de responder a um eventual processo em liberdade.

A defesa afirma que aguarda o desenrolar das investigações para que “a verdade sobre os fatos seja plenamente esclarecida”.

Entenda o caso

Na madrugada de segunda-feira (1º), por volta das 2h20, o policial militar Carlos Júnior da Silva Melo foi assassinado a tiros, durante uma confusão, no interior de um bar, localizado na Folha 5, Núcleo Nova Marabá, na cidade de Marabá, no sudeste do Pará.

De acordo com as primeiras informações, o sargento da PM estava se divertindo no estabelecimento comercial quando teve início uma confusão e o militar teria entrado em luta corporal com o suspeito. A confusão acabou com a morte de Carlos e o baleamento e atropelamento de uma mulher, identificada como Mikaelle de Souza Machado.

Wilson Carlos fugiu do local em uma Toyota Hilux, atropelando Mikaelle, que já havia sido baleada (segundo a defesa de Wilson, pelo policial militar). A polícia iniciou uma perseguição imediata, interceptando o suspeito na BR-222, em frente a um supermercado. No veículo, foi encontrado um revólver calibre .38 com cinco munições deflagradas.

A rápida ação da Polícia Militar resultou na prisão de Wilson Carlos, que foi levado à Seccional de Polícia Civil, na Folha 30, para os procedimentos legais. As autoridades continuam investigando as circunstâncias e motivações do crime, ouvindo testemunhas e requisitando perícias. (Portal Debate)

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