Supostos exageros de fiscalizações dão o tom em reunião entre empresários, ambulantes e músicos de Marabá

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O aumento do número de casos de Covid-19, em Marabá, no sudeste do Pará, e o endurecimento das normas de fiscalização levaram a Associação dos Bares, Casas Noturnas, Distribuidoras, Conveniências e Músicos a realizar uma reunião, ontem (22), às 20 horas, para discutir os conflitos durante as fiscalizações, fechamento da Orla de Marabá, abertura de casas noturnas e o protocolo de combate ao coronavírus.

De acordo com o presidente, Jader Santos, durante a reunião, os presentes relataram diversos casos de abuso, humilhação e discriminação praticados durante as fiscalizações por parte de alguns agentes públicos. “Nem todo empresário participa de reuniões da Associação nem ler decretos. A fiscalização precisa ser também educativa, não só punitiva. Eles chegam ao local como se fossem donos do mundo”, protesta.

No debate, foi discutido opções para reabertura da Orla do Rio Tocantins e as normas da Vigilância Sanitária de Marabá (Divisa). Segundo Jader Santos, a reunião não foi organizada para afrontar a fiscalização e os órgãos de segurança, pois os comerciantes e trabalhadores são conhecedores da importância de uma fiscalização eficiente, respeitosa e humana em um momento delicado provocado pela pandemia do novo coronavírus em Marabá.

Jader Santos diz que a entidade precisa ser ouvida, porque ‘castigar’ somente bares e casas noturnas não está correto. No auge da pandemia, grande parte dos trabalhadores da noite foi a mais afetada pelos decretos. As casas noturnas nunca mais voltaram a abrir as portas. “Presicamos participar das reuniões do Gabinete de Combate ao Covid-19 com o intuito de se encontrar uma solução responsável, porém democrática”, finaliza.

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“O OUTRO LADO DA MOEDA”

A Redação do Portal Debate Carajás tentou conversar com Daniel Soares, coordenador do Departamento de Vigilância Sanitária do município (DIVISA), mas o servidor público não atendeu as ligações nem respondeu as mensagens enviadas. De acordo com os relatos, os supostos abusos estariam sendo cometidos por alguns fiscais da Divisa. No entanto, assim que houver uma manifestação de Daniel, as informações serão acrescentadas à matéria.

Já a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Marabá (Secom) respondeu que já houve uma reunião com os integrantes da Associação dos Bares, Casas Noturnas, Distribuidoras, Conveniências e Músicos, com a presença dos órgãos de fiscalização e segurança, onde foram detalhados todos os procedimentos durante as abordagens. “Não se pode tentar tirar proveitos políticos em uma situação delicada de combate à Covid-19 em Marabá”.

A Secom também negou autorização para abertura de novas casas noturnas na cidade. A Secretaria de Comunicação ressaltou que o Hospital Municipal (HMM) está trabalhando no limite de ocupação de leitos porque  Helder Barbalho (MDB) ordenou o fechamento do Hospital de Campanha (HC) que atendia 23 municípios com uma população estimada em 1,2 milhão. “Se a população não ajudar, essa doença vai voltar a tomar conta de Marabá”, encerra.

Prefeitura cobra rigor de comerciantes no combate à Covid-19 em Marabá
Vigilância Sanitária – Crédito: Reprodução

Fonte: Pedro Souza

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