Submarino no PA: embarcação foi feita de maneira artesanal

A embarcação, que está apreendida na base naval de Belém, tem 19 metros de comprimento por 2,90 metros de largura na área externa

Uma perícia conduzida pela Polícia Científica do Pará em um submarino encontrado em São Caetano de Odivelas, nordeste do estado, identificou que a embarcação foi feita de maneira artesanal e, mesmo assim, tem alta qualidade e resistência.

O submarino estava vazio quando foi localizado no dia 21 de fevereiro, por pescadores. A embarcação estava em uma praia de areia, encostada em algumas árvores. Polícia trabalha com a hipótese de que a ebarcação poderia ser usada para o tráfico de drogas.

Perícia em submarino vai orientar investigações. — Foto: Ascom/PCEPA

Segundo o perito Evaldo Soares, o submarino não foi fabricado por uma empresa naval, mas sim de forma artesanal, utilizando fibra e resina.

“Apesar de ter sido feito de maneira artesanal, o submarino foi executado com alta qualidade e resistência, que lhe dão capacidade para fazer longas viagens”, disse.

A embarcação, que está apreendida na base naval de Belém, tem 19 metros de comprimento por 2,90 metros de largura na área externa – dimensão parecida com a de um caminhão trator.

Internamente, a cabine tem profundidade de 1,70 metros, enquanto outras partes possuem 70 cm de profundidade.

“Essas medidas sugerem que a embarcação era semi-submersível, já que parte da cabine não era submersa”, afirmou o perito.

Pescadores encontraram um submarino abandonado em São Caetano de Odivelas.

A perícia apontou que as dimensões e as divisões dentro do submarino mostram que o veículo podia fazer o transporte de qualquer carga de pelo menos seis toneladas.

“O submarino estava equipado para acoplar pelo menos três motores de propulsão, embora esses componentes não tenham sido encontrados. A ausência de outros controles e equipamentos sugere que o submarino foi abandonado por seus usuários”, disse Evaldo Soares.

Os peritos devem produzir um laudo definitivo de maneira mais detalhada para entregar para a Delegacia de Policiamento Fluvial, responsável pelas investigações do caso.

Ainda em fevereiro, a Polícia Federal também chegou a abrir um inquérito e realizar perícias. Questionada, a PF não informou quando e por que o caso foi repassado para competência da Polícia Fluvial do estado.

Imagens mostram o submarino por dentro, no momento em que o Grupamento Fluvial de Segurança (Gflu), composto por Polícia Civil e Militar e Corpo de Bombeiros analisava a embarcação para apreendê-lo. (Com g1 Pará)

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