STF e PF ‘miram’ políticos do Pará ligados a atos terroristas em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes (STF) suspeita que existem políticos paraenses que patrocinaram os chamados “idiotas úteis” no ataque aos prédios dos três poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.
Foto: Reprodução

BRASÍLIA (DF) – Uma nova linha de investigação adotada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Polícia Federal (PF) está “tirando o sono” de políticos bosonaristas no Pará. Rola nos bastidores das investigações que alguns fazendeiros financiadores dos atos terroristas ocorridos, no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), na verdade, atuaram como “laranjas” de políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os nomes dos chamados “fazendeiros laranjas” surgiram durante o depoimento de 1.418 bolsonaristas radicais, presos depois da invasão às sedes dos três poderes da República, em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes (STF), depois do Poder Judiciário e o Ministério Público Federal (MPF) finalizarem a audiência de custódia de todos os terroristas, voltou sua “metralhadora giratória” para grupos de financiadores dos atos antidemocráticos: 1) executores (taxados de idiotas úteis); 2) incentivadores; 3) patrocinadores; 4) mentores intelectuais; e 5) agentes públicos coniventes ou omissos.

Roniclei Teixeira; “Toni Guerreiro” e Francisco Conceição – Fotos: Redes sociais

De acordo com as investigações, integrantes do “mau agronegócio”, empresários, comerciantes, madeireiros, “fazendeiros laranjas”, envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, estariam presentes em todas as regiões do Pará e, vários deles seriam o conhecido “testa de ferro” de políticos poderosos. Segundo a PF, algumas prisões de bolsonaristas radicais já foram cumpridas em alguns estados do Brasil, mas as investigações estão em andamento e de “de olho” em políticos extremistas do Pará.

A cidade Novo Progresso, no oeste do Pará, teve o nome do empresário, identificado como “Missio” e a esposa Pâmela Luana Missio, entre os presos no Complexo Penitenciário da Papuda. No entanto, existe a estimativa de cerca de 30 terroristas da cidade, onde o ex-capitão recebeu 13.776 votos, o equivalente a 82,92% do total de votos válidos. A região é vista como um celeiro do bolsonarismo radical no Pará e existem políticos envolvidos “até o pescoço” nos atos extremistas em Novo Progresso e Brasília.

A PF já identificou como executores de atos terroristas no Distrito Federal os paraenses Roniclei Teixeira, morador de Jacundá (sudeste do Pará); “Toni Guerreiro”, de Capanema (nordeste do Pará); Francisco Andrade da conceição, de Santarém (oeste do Pará) e George Washington de Oliveira Sousa, de Xinguara (sul do Pará), que foi preso no dia 24 de dezembro de 2022, acusado de tentar explodir um caminhão-tanque no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, porém, de acordo com as investigações, existem dezenas de pessoas participantes do ataque à democracia na capital federal, escondidas no Pará. (Pedro Souza/Portal Debate)

Aeroporto Internacional de Brasília – Foto: Reprodução

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