Marabá está entre as cem cidades mais ricas do Brasil, e é a terceira mais rica do Pará. Vem surfando e batendo recordes de arrecadação de receitas, porém é um dos municípios que menos investem na valorização do funcionalismo público. Em resposta a esse quadro, o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Subsede Marabá, realiza ato público em frente à Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (5).
Para o sindicato, a Câmara de Vereadores tem uma grande responsabilidade, pois ela quem aprova os projetos do Executivo, bem como foi protagonista no corte de salários da classe. Ainda segundo o Sintepp, o governo instaurou um decreto de nova jornada na escala 12×36 pensando apenas em enxugar recursos, mas não pensou nas condições em que as mulheres são submetidas sem proteção e segurança no novo formato de trabalho.
“Hoje, a prefeitura tem se mantido na faixa de 48% de gasto com pessoal, posicionando-se no ponto mais baixo da Lei de Responsabilidade Fiscal, e é por isso que estamos com os salários e vales-alimentação congelados. O funcionalismo não está aguentando mais com a defasagem salarial e precisa de reposição real”, disse, por meio de comunicado, a coordenadora da corporação no município, Joyce Cordeiro Rebelo.
No último dia 27, segunda-feira, Sintepp, Servimar e Sintesp teriam reunião com o secretário de Planejamento de Marabá, Karam El Hajjar, mas foi remarcada para o próximo dia 30. Isso foi a gota d’água para o sindicato, que afirmou o governo querer ganhar tempo. O ato tem início previsto para as 8h de hoje.
Vinícius Soares, colunista e redator do portal
