O presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio do Estado do Pará e Amapá (Fetracom), José Francisco de Jesus Pantoja Pereira, o “Zé Francisco”, ex-deputado estadual, em mais uma tentativa fracassada de manter seu grupo político a frente do Sindicato dos Empregados no Comércio do Município de Marabá e Sul do Pará (Sindecomar), teve pedido negado no Mandado de Segurança que promoveu contra decisão da Juíza Titular da 2° Vara do Trabalho de Marabá.
“Zé Francisco” era integrante da Comissão Eleitoral que deveria realizar as eleições do Sindecomar, contudo não compareceu a duas audiências marcadas na Justiça do Trabalho de Marabá, e por este motivo, teve a pena de ‘revelia’ aplicada pela magistrada. A sentença mantendo a decisão da 2° Vara do Trabalho de Marabá foi expedida, no dia 14/7/2020, pelo Desembargador do Trabalho, Walter Roberto Paro, em Belém.
Para piorar a situação, no dia 3/7/2020, o Ministério Público do Trabalho (MPT) enviou parecer para a 2ª Vara do Trabalho de Marabá, recomendando a ‘nulidade de todos os atos praticados no processo eleitoral’ e ‘impugnação da comissão eleitoral’, comandada por “Zé Francisco”, devido a maioria dos integrantes apresentar documentação em nome de empresas que não existem mais no comércio de Marabá.
A recomendação do MPT ainda apontou inúmeras tentativas ilícitas de se burlar as regras democráticas para realização de um processo eleitoral. De acordo com integrantes da chapa de oposição, ‘Hora de Mudar’, “Zé Francisco” vem trabalhando, nos bastidores, dia e noite’, utilizando-se de diversas manobras jurídicas, tentando deixar a atual diretoria na presidência do Sindecomar, provocando o abandono dos comerciários nas regiões sul e sudeste do Pará.
Segundo o advogado, Dr. Rodrigo Botelho, defensor da chapa de oposição, existe uma possibilidade muito grande da chapa ‘Renovação e Transparência’ ser impugnada e a magistrada determinar um prazo para inscrição de nova chapa, composta de novos membros, para concorrer ao processo eleitoral do Sindecomar em Marabá.
Dificuldade para se montar uma ‘chapa’
A Redação do Portal Debate Carajás conversou com Márcio Alves, candidato a presidente pela Chapa Hora de Mudar, ele afirmou que levou mais de seis meses para conseguir montar a chapa de oposição, composta de 20 membros, porque os trabalhadores, em época de pandemia, têm medo de ser demitido pela empresa. “Na hora que a empresa fica sabendo da entrada do funcionário para concorrer a eleição do Sindecomar, o trabalhador é demitido”, relatou Márcio. “Se o cara entrar na chapa e perder a eleição, estará no ‘olho da rua’“, finalizou o sindicalista.
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