Setembro Amarelo: Escola realiza caminhada pelas ruas de Marabá

Evento percorreu as ruas do Núcleo Velha Marabá, a partir de 8h30,desta quarta-feira (28), com a participação de alunos e professores da Escola Plínio Pinheiro.
Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (28), alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Médio Integral Plínio Pinheiro, participaram de uma caminhada alusiva à “Campanha Setembro Amarelo”, dedicada à prevenção do suicídio entre jovens e adolescentes que estudam na Unidade de Ensino, localizada na Avenida Antônio Maia, Núcleo Marabá Pioneira, em Marabá, no sudeste do Pará.

O Setembro Amarelo” é uma campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa a conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento. No entanto, na Escola Plínio Pinheiro, os trabalhos de prevenção ao suicídio acontece desde o ano de 2017, sempre sobre a coordenação de professores, coordenadores e o Diretor da Escola, Professor Kemeson Souza.

A caminhada partiu da frente da Escola, por volta de 8h30, percorreu diversas ruas do Núcleo Velha Marabá e chegou ao ponto de partida. Os participantes trajavam camisetas e balões amarelos. Às 9h30, foi servido um café para os alunos e professores e teve início um torneio de voleibol onde todos puderam se confraternizar e valorizar as coisas boas da vida.

Foto: Portal Debate

Suicídio

O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que acredita ser letal. Também fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio.

É um comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Dessa forma, deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado de forma causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É a consequência final de um processo.

São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias.

Com esses números, o suicídio encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo. O Brasil é um país com taxas crescentes, apesar da escassez de indicadores epidemiológicos, corresponde a mais de 5% das mortes por causas externas.

Diversos fatores podem impedir a detecção precoce e, consequentemente, a prevenção do suicídio. O estigma e o tabu relacionados ao assunto são aspectos importantes. Durante séculos de nossa história, por razões religiosas, morais e culturais, o suicídio foi considerado um grande “pecado”, talvez o pior deles. Por esta razão, ainda temos medo e vergonha de falar abertamente sobre esse importante problema de saúde pública.

Um tabu, arraigado em nossa cultura, por séculos, não desaparece sem o esforço de todos. Tal tabu, assim como a dificuldade em buscar ajuda, a falta de conhecimento e de atenção sobre o assunto por parte dos profissionais de saúde e a ideia errônea de que o comportamento suicida não é um evento frequente, condicionam barreiras para a prevenção. Lutar contra esse tabu é fundamental para que a prevenção seja bem-sucedida.

A prevenção do suicídio não se limita à rede de saúde, mas deve ir além dela, sendo necessária a existência de medidas em diversos âmbitos na sociedade, que poderão colaborar para a diminuição das taxas de suicídio. A prevenção deve ser também um movimento que leve em consideração os aspectos biológico, psicológico, político, social e cultural, no qual o indivíduo é considerado como um todo em sua complexidade.

Setembro Amarelo

Para combater essa epidemia, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria criaram o Setembro Amarelo. A iniciativa existe com o objetivo de conscientizar acerca de saúde mental e formular ações para prevenção do suicídio no Brasil, pois depois da pandemia da covid-19, o número de jovens com ansiedade e depressão dobrou no Brasil. (Portal Debate, como Ministério da Saúde)

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