Pacientes acusam Sespa de não fornecer medicamentos para quem realiza diálise há mais de três meses em Marabá

Foto ilustrativa - Crédito: Reprodução

Os pacientes que realizam diálise na CDR Carajás, em Marabá, no sudeste do Pará, estão levando mais de 90 dias, segundo eles, para receberem os medicamentos Noripurum FólicoHemax Eritron, utilizados no tratamento da anemia e essenciais para manter a qualidade de vida das pessoas que realizam a hemodiálise três vezes por semana.

De acordo com o filho de uma paciente, o processo para receber os medicamentos são individuais. A CDR Carajás monta o processo e solicita os remédios, porém a 11ª Regional de Saúde – Secretaria de Saúde (SESPA), localizada no Bairro Nova Marabá, estaria criando entraves para fornecer os medicamentos, causando uma piora sem tamanho no quadro de saúde de quem realiza o dolorido tratamento.

Segundo as denúncias que chegaram ao Portal Debate Carajás, no início do tratamento, os medicamentos demoravam de 10 a 15 dias para serem entregues aos pacientes, depois o tempo passou para 90 dias e agora, alegando que o prédio da Sespa está em reforma, suspenderam totalmente o fornecimento dos medicamentos.

Clínica sucateada

A Clínica CDR Carajás também foi alvo de diversas reclamações de usuários. De acordo com pacientes e acompanhantes, existe uma diferença enorme na qualidade da estrutura predial da área de convênios. O espaço onde se realiza o atendimento aos pacientes de convênio particular, as poltronas, cadeiras de roda e outros móveis são novos e bem cuidados.

Já na área reservada a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), as poltronas estão rasgadas, as cadeiras de roda estão sucateadas e sem as ‘rodinhas’. “Estamos sem receber recursos da Prefeitura de Marabá (PMM)”, afirma a pessoa que respondeu as mensagens enviadas pela Redação do Portal Debate Carajás.

No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde de Marabá afirmou que não existe nenhum pagamento pendente com a CDR Carajás, inclusive, a última nota fiscal emitida já teria sido paga. Para agravar a situação, os pacientes que necessitam da diálise não estão organizados em uma associação para representá-los. Com isso, as denúncias passam a ser individuais e, às vezes, não são respeitadas.

Sespa Marabá

O contato com a gerente do 11º Centro Regional de Saúde, Irlandia da Silva Galvão, para ouvir as ponderações da Sespa a respeito das denúncias não foi muito amistoso. A servidora pública negou todas as reclamações. No início da conversa, via mensagens de Whatsapp, ela disse que as informações não eram procedentes.

Depois a gerente afirmou que o fornecimento só teria sido suspenso na segunda-feira (14), devido à mudança de instalações, pois a Sespa está funcionando agora no prédio da antiga Faculdade Metropolitana, em frente a o Shopping Pátio Marabá. Resposta não compatível com as diversas denúncias apresentadas pelos usuários.

Em seguida, ela reafirmou que os medicamentos não estão em falta e pediu o nome dos pacientes que estão com problemas no atendimento. O Portal não forneceu os nomes, lógico. Por último, a servidora com salário pago com dinheiro público, se recusou a dar seu nome e esclarecer a função, condicionando qualquer informação à presença do repórter na Sespa.

Se o tratamento dispensado a uma pessoa que não precisa da Secretaria de Saúde do Pará para nada foi desse naipe, imagine a forma como os pacientes dependentes de medicamentos da Sespa são recebidos na Unidade de Saúde de Marabá. Como diz o ditado popular: “Quem tem uma Sespa dessa como amigo, não precisa de inimigo, pode deixar que ela arruma os problemas”.

Devido à gravidade das denúncias, pois elas envolvem vidas, cabe ao Ministério Público (MPPA) averiguar a situação em que se encontra a distribuição do Noripurum Fólico e Hemax Eritron pela Sespa e as reais situações da Clínica CDR Carajás em Marabá.

Fonte: Portal Debate Carajás

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