Servidores do HMI recebem palestra sobre violência obstetrícia

A palestra contou com a participação de psicólogo, epidemiologista, além de especialistas em Direito da Mulher

Nesta quinta-feira, 18, servidores do Hospital Materno Infantil (HMI) receberam uma palestra sobre Violência Obstétrica com a participação da Defensoria Pública e da Universidade da Amazônia (Unama). A palestra contou com a participação de psicólogo, epidemiologista, além de especialistas em Direito da Mulher.

Médico Ely Oliveira, diretor técnico do HMI

“A ação hoje faz parte de um trabalho de educação continuada. É um tema recorrente então é preciso que a gente entenda, debata e conheça os pontos de vistas, com participação da comunidade para que fique mais fácil estabelecer um relacionamento bom, transparente, onde o médico é apenas um agente e o protagonismo dessa ação é a mulher”, explica o diretor técnico do HMI, Dr. Ely Oliveira.

Ele destaca a importância da participação de membros da justiça no processo e na palestra. “É  importante a gente discutir esse tema principalmente porque com a judicialização vem a conscientização, há uma mudança do paradigma, uma mudança de comportamento. Infelizmente as mudanças costumam vir após as mudanças nas leis.   Como acontece, por exemplo, em relação às minorias que só depois da mudança na lei há maior conscientização da sociedade”, descreve o médico.

Uma das palestrantes, a defensora pública Nara Cerqueira repassa o valor das normas para proteger a mulher, especificamente quando se trata de violência obstetrícia.

Defensora pública Nara Cerqueira

“O que eu busquei passar para os servidores foi um contexto normativo. O que tem de norma tanto em âmbito internacional, federal, estadual e municipal relacionado à violência obstétrica. Lembrar que essas parcerias são estabelecidas pelo plano de políticas públicas de combate à violência contra a mulher de Marabá, que preconiza que todas as instituições que realizam atendimento à mulher devem atuar em parceria, como a Defensoria Pública Estadual”, explica.

Ela conta que esse trabalho de formação e educação sobre direitos humanos tem o objetivo da prevenção, para que esses casos não venham a ocorrer. “Ano passado a gente já esteve aqui no Hospital Materno Infantil trabalhando temas sobre violência contra a mulher. A gente tem o objetivo de continuar esse contato com o hospital e trazer novos temas. Manter essa parceria de acordo com a demanda dos servidores”, explana.

Os profissionais da Universidade da Amazônia (Unama) também participaram da ação. Eryca Rubielli, professora de Direito, explica que a ideia surgiu após uma conversa com alunos da instituição.

Eryca Rubielli, professora de Direito da Unama

“Comentamos com os alunos sobre o tema da violência da mulher incluindo a violência obstétrica. O assunto teve uma repercussão muito boa, porque mulheres sempre estão sendo vítimas de violência, de forma recorrente. Então, quando a Defensoria veio com seu papel de educação em direitos para o HMI, pensamos como seria importante trazer a academia para esse ambiente”.

Ela relata que a  Unama participou com uma psicóloga que é especialista em Psicologia Perinatal e um Fisioterapeuta Epidemiologista.

“Nós estamos aqui fazendo uma simbiose entre o que é a violência obstétrica, quais são os direitos que as mulheres têm, quais são os efeitos psicossociais que elas sofrem a partir da violência a que elas foram submetidas e o quanto desses dados realmente chegam ao poder público. A partir dessa informação a gente sabe como atuar daqui para frente, como evitar, como reduzir os danos”, conclui. (Com Secom PMM)

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