Uma equipe da Polícia Civil do Pará, em conjunto com a do Paraná, participa em Marabá nesta quarta-feira (7) de uma operação que investiga crimes cibernéticos praticados por um grupo criminoso sobre débitos da propriedade de veículos automotores, o IPVA. Seis mandados de prisão temporária por associação criminosa e furto qualificado mediante fraude foram cumpridos no município.
De acordo com a delegada Rafaella Cabral, que concedeu entrevista à imprensa na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, a máfia é suspeita de captar proprietários de carros de luxo e oferecer a quitação do IPVA, com descontos que variavam entre 30% e 50%. O pagamento do débito era realizado por meio da invasão de contas bancárias alheias.
Durante as investigações, que duraram oito meses, a polícia descobriu que diversos angariadores atuavam no Paraná associados a criminosos de Marabá, para onde a maior parte do dinheiro arrecadado era encaminhado. Dos seis presos, três eram mulheres.
A Polícia Civil também apurou o envolvimento de despachantes nas fraudes envolvendo o pagamento de IPVA de carros de luxo. Apesar de não haver indícios de que ofereciam o benefício aos seus clientes, se valiam dos serviços prestados para utilizar a fraude. Isto é, na medida em que os valores eram repassados pelos proprietários dos veículos, o ganho dos despachantes era integral.
Foram analisados 27 IPVAs, quitados por duas contas distintas, sendo uma do Rio Grande do Norte e outra da Bahia, nos anos de 2017 e 2019, totalizando R$ 87,9 mil. Os criminosos recebiam entre 50% a 70% do valor total do imposto, visto que não possuíam custos para a quitação do débito.
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