Segurança de Lula é exonerado após PF descobrir participação em grupo que defendiam golpe

O tenente-coronel André Luis Cruz Correira emergiu como um dos membros desse grupo, ao lado de Mauro Cid, entre outros
Foto: Reprodução

A apreensão do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, desencadeou uma série de revelações surpreendentes que lançam luz sobre conexões inesperadas nos círculos de poder do Brasil. A Polícia Federal, após vasculhar o dispositivo de Cid, descobriu que um segurança presidencial ligado a Luiz Inácio Lula da Silva estava envolvido em um grupo de WhatsApp composto por militares da ativa que discutiam abertamente um possível golpe de Estado e ameaçavam o ministro Alexandre de Moraes.

O tenente-coronel André Luis Cruz Correira emergiu como um dos membros desse grupo, ao lado de Mauro Cid, entre outros. Esta suspeita já havia sido adiantada pelo jornalista Cesar Tralli na semana passada.

Após a Polícia Federal comunicar a descoberta ao Palácio do Planalto, uma medida de ação foi tomada: a demissão de Correia foi ordenada pelo próprio Palácio. Correia, que faz parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e era conhecido por sua atuação direta na segurança de Lula, foi rapidamente afastado.

O desenrolar dessa descoberta trouxe à tona conflitos internos de confiança entre a Polícia Federal e o GSI. Desde o ano passado, a PF vem advogando pela realização da segurança presidencial exclusivamente por seus agentes. No entanto, para evitar conflitos com os militares, Lula optou por um modelo híbrido, onde o GSI ainda tem influência.

Enquanto o GSI considera esse episódio envolvendo Correia como apenas mais um capítulo de uma longa disputa, a PF mostra-se incrédula e preocupada com mais um incidente de desconfiança relacionado ao GSI, que já esteve sob suspeita de envolvimento em ataques anteriores.

Ademais, ressurge a questão sobre Mauro Cid, que foi identificado no email de ajudância de ordens da Presidência. Embora o GSI tenha prometido uma investigação, a responsabilidade sobre esse caso ainda permanece sem esclarecimento.

Na Polícia Federal, a gravidade da situação reside no fato de um segurança envolvido na proteção do presidente estar vinculado a um grupo abertamente golpista. Além disso, há informações de que o coronel Correia teria buscado auxílio de Cid para ser realocado da Bahia para Brasília, o que eventualmente aconteceu.

Por outro lado, o GSI nega que tenha sido um pedido de auxílio, afirmando que Correia estava apenas buscando informações sobre vagas disponíveis na capital federal. Esse episódio ocorreu em março deste ano, após os eventos golpistas de 8 de janeiro.

Correia foi designado para a segurança de Lula apenas no final de março. O ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, confirmou a saída de Correia da segurança presidencial, caracterizando-a como uma exoneração em vez de uma demissão. O general afirmou não ter conhecimento de um relatório da PF indicando a presença de Correia em um grupo golpista. Sobre Cid, o general alega que ele não teria capacidade de auxiliar Correia a ingressar no GSI. (Portal Debate, com g1 Policitica)

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